palavrasnotasevivencias

Às vezes sou a maciez do linho O tic- tac das horas a fio A estrofe de um verso em desalinho Sou calor, mas não temo o frio Uma andorinha livre na manhã de verão Em dias enevoados, faço minha luz No refrão de uma velha canção Nas searas onde o verbo me seduz Nas ondas do meu ser, sou energia Envolta em momentos de prazer Visto as cores do querer e da ousadia O amor preenche todo o meu ser Absorvo a vida em outros contextos Não me atenho a um único tema Sigo versejando a vida com ardor Pois minh'alma nunca foi pequena

Sentir afetividade implica direcionar a alguém ou um objeto, uma força emotiva, que lhe garanta um significado mais elaborado em nosso processo emotivo-sensorial. A afetividade causa medo, pois ao investir o outro de afeto, este sente-se acuado e recua, em prol de uma individualidade mascarada, no self, que nada mais é que o medo de aceitar o compartilhamento. Em tempos atuais, dinâmicos e atomistas, dar afeto pode se assemelhar a um aprisionamento, por isso, tanta esquiva e reticência nas relações afetivas contemporâneas (amigos, namorados, amantes e todas e quaisquer relações humanas), cada vez se tornam voláteis e instáveis. Uma certa blindagem se faz necessária para manter o sujeito impassível e longe do alcance de dúvidas, coisas que no mundo atual não é visto com bons olhos; uma pessoa mais fragilizada num mundo impessoal e mais fútil nas inter-relações pessoais, sempre será vista com descrédito. Ser psicologicamente forte, não implica resistir ao afeto, apenas dá-se o o...

 Na viola, o cancioneiro Cortejando sua amada Mas um poeta forasteiro Já deixou a dama enamorada.

  Abrandou minhas saciedades com sua chegada intrépida Ofereceu-me amor , fez-me crer em doces quimeras   Senti o farfalhar de ondas ruminantes no meu peito, a  cada dia, à sua espera. Momentos de desejo e proibida entrega, em reservas, tomou posse de mim... adentrou minhas fantasias perfumando com as flores do seu lindo jardim. Fez -me crer no profético amanhã em seu leito.... na sua voracidade carnal me possuiu... deixando-me nua no seu mundo de ninfas castiças, alimentando, mais assim por ti, minha cobiça. Delineou as linhas da minha  poesia e me enredou em seu mundo cheio de paixão                        Vislumbrei em seu olhar tons sugestionáveis, e me enlacei  em seu  elo de fetiches mutáveis, nas noites insones onde,caprichosamente em mim, vivias. Entrincheirou-se no meu ser.... criando novas imitações do prazer Em ilhas e montes, ...

Tão calada Assim debruçada Tão bela Na janela Olhar de poetisa Olhar que visa Além da distância Pensamentos de uma infância Promessas de pé de ouvido Tempos bem vividos Num mundo encantado Sem malicia ou pecado Tão calada Porem sempre afinada Lembrando de antigas canções Amores e emoções Mesmo assim Um desejo não tem fim Mesmo calada Ouvir uma serenata Mesmo que seja desafinada Aquela canção que rompem a madrugada Voz e violão Canção e coração Um mimo recebido do poeta Slipswell Roque

Chegou sem avisar, no improviso Amor inflamado e tão desejado Deu flores e distribuiu sorrisos Cativou meu coração, antes tão esquivo.             Veio fragoroso nos braços do vento Refrescante como a chuva da madruga. Trouxe inspiração à um mundo cinzento Fez de mim sua mulher amada!                         Despertou emoções adormecidas Foi cúmplice nas noites de  amor Preencheu com sua aura os meus dias      Nos seus braços esqueci toda dor                    Na estação que se inicia, agora eu sozinha. Ele partiu, numa noite de verão, como um cigano Deixando em mim seu perfume e a garantia Não chores por mim, voltarei no próximo ano!                             ...

Sou Estela, Melissa e  Dione Que importância tem meu nome? Sorvo nas linhas um esboço de uma fadiga ancestral que me alucina. Trôpegos pensamentos que fluem consumindo meu ser nas horas vazias. Nos olhares famintos vejo toda hipocrisia e nas taças de absinto, o fel que exala de suas bocas hediondas num ultrajante vocábulo que a alma descortina. Medo! Terror! Expiação! Pronta estou! Sejam breves, aliviem o peso da mal-fadada alma que clama Não demorem com a execução!

    Nunca duvide de sua intuição, pois ela te levará  onde a razão                                                                   não consegue alcançar.(LV)

Nas manhãs poéticas  versos soltos murmuram Coração rendido

Tão desafinada aquela canção noturna Voz da solidão

                                               Nem sei como explicar Como tudo aconteceu Só sei que passei a  te amar Ao olhar nos olhos teus No primeiro encontro Tudo então se confirmou Coração, antes tão frustrado Ali conhecia o que era amor Sua presença  envolvente Me fascina  e me enfeitiça Percebi que sou prisioneira Deste amor que me cativa Os dias contigo são apaixonantes Não lembro de ter vivido Momentos, tão prazerosos, antes Em minha monótona e solitária vida O dia fica emoldurado com seu sorriso Nas palavras doces e enamoradas Fazes com que eu me sinta mais amada Os beijos calientes selam nosso compromisso Nas linhas do poema Seu nome em linhas douradas escreverei Pois serás para sempre O homem que mais amei!  

Não tente  evitar Aproxime-se sem medo Encare meu olhar Descubra meus segredos Sinta meus anseios Veja minha sina nas linhas Alivie meus medos... Conforte- me em sua companhia Desvenda meu passado Infrinja normas e conceitos Faça-me crer  que não  é pecado Quando eu estiver em seu leito Não  desista do  amor Quando este o fizer chorar Se a realidade te causar dor ​​​Lembre-se que sempre vou te amar.. .

Muito se escreve  sobre o Amor e a Paixão, esses sentimentos são propoladados aos quatro ventos em música, cinema e teatro. Ouvimos dizer "fulano morria de amores" ou "a paixão os consumiu", usando uma hipérbole realçamos esses sentimentos. Nutrimos Amor   ou Paixão por alguém estando associado ao desejo carnal, o que não é uma regra.  Iniciamos com a Paixão , ela é eletrizante, galvanizadora, fulminante, faz a pessoa pensar e desejar o contato com o outro constantemente.Ela exige posse do objeto desejado, e quando este não está disponível há o ciúmes,pois tudo que gera risco de perda do objeto( ser) é uma ameça; isto explica, em tese, casos tresloucados de agressões ao outro, quando este não corresponde mais à paixão. Apaixonados somos capazes de fazer loucuras que sem o ímpeto desse sentimento, jamais faríamos. A Paixão tem um tempo breve, mas nem por isso menos emocionante, por isso ela é  avassaladora. O Amor é sereno, calmo e compassivo, nã...

  Quando estamos numa fila ou aguardando um atendimento ser o próximo nos alivia da espera e, claro, depositamos nossas expectativas na pessoa à nossa frente, seja ele um funcionário público, um caixa de banco ou um médico, para darmos uma resolução a algo pendente. Somos o próximo, então agora resolvemos! E quando invertemos a situação, jogamos para o um tempo abstrato e indeterminado a próxima atitude. No próximo mês vou melhorar minhas notas no curso; no próximo verão vou para uma ilha paradisíaca; com o próximo namorado serei mais branda; no próximo emprego conseguirei melhorar minha performance atual e assim vai, tudo lá para o próximo, que pode não ser tão longínquo assim, ou pode nos surpreender com outras variantes que vem à galope. Lembro de quando era menina, quando eu e meu irmão fazíamos traquinagens, sempre vinha a repreensão dos pais, como aquela ameaça, na próxima vez que fizeres isto, levarás uma surra. Pronto! O próximo ali sempre adquiria um caráter temeroso. Ti...

Sinto o frescor de um belo amanhecer Na poesia me lanço Sem regras Sem rimas Sem cismas                                                    Saboreio cada gota de amor e alegria em doses poéticas de desejo de paixão de Vida!

    Saudades tenho das manhãs enamoradas     Onde nos cálices inebriantes de poesia     O amor velado tão insinuante se declarava     Despertando tudo que no coração havia     O gosto do pecado, com cheiro exalado     Tudo num louco frenesi  que nos consumia     São tempos passados...agora separados       Restam somente lembranças daqueles dias      Perdeu-se o encanto... ficou só pranto     Do amor intenso a quem meu coração se rendia     Saudades tenho e deixo nas asas do vento     Lagrimas sentidas e estas letras frias.

Jardim todo em festa Festa com o colibri Colibri beija a flor Flor que enfeita o jardim

                          Levou um susto com  o pedido de casamento. Morreu de amor.

       minha       rima      fugidia       encontrei     na      Aldravia

Em nome do amor rabisquei linhas na madrugada Tracejei uma tênue trilha entre o silêncio noturno e a cantante alvorada Pedi emprestado o brilho fulgurante de uma estrela solitária iluminei o caminho marcando meus passos na estrada Usei o clamor da marés em tormentas noturnas que vociferavam na enseada Usurpei da cor da lua enamorada os tons dourados e cambiantes Numa rima audaciosa e rasgada escrevi sobre os amantes Na beira do riacho inspirei o doce perfume do jasmim, nas palavras ficaram o aroma da flor e também de mim Em manhãs ensolaradas o poema chega enfim, ao seu destino. Tem aroma, tem cor. Fala de ti e mim Em versos soltos na imensidão solfeja em sílabas poéticas o amor em notas de uma bela canção

Minha vida enlaçada ao amor Quero seguir caminhos floridos Apreciando o amanhecer em flor Tendo o bem querer como hino Entre veredas e estradas Minhas pegadas marcarão o destino No ocaso ou na alvorada Sempre levarei o amor comigo. Dias e noites sendo amada Retribuindo ao mundo este sentir Cantarei junto com a passarada Festejando o amor e o existir!

O conheci tardiamente, por falhas minhas e por lacunas do processo educativo, acabei por tomar conhecimento de sua escrita lá pelos anos 2000,e de lá pra cá, sempre leio e releio, tamanha a afeição desenvolvida pelo talentoso Anton Tchekhov. O primeiro conto que li dele foi a Aposta e lá me rendi ao seu encanto literário. Posso dizer que foi a amor à primeira leitura. A grande facilidade de desenvolver o enredo e elencar personagens em seus maiores conflitos, vai combinando com uma escrita reagente e humanista; o leitor fica ali, preso à trama, como se estivesse a observar tudo através de uma redoma de vidro. Lá, em tempos idos da infância, lembro-me que meu primeiro contato com a leitura de um modo mais fecundo foi com Monteiro Lobato -  as travessuras da boneca Emília. Assim como na vida, vamos nos aprimorando e adaptando costumes e estilos na literatura; já tive minha fase de enamoramento por Drummond e Vinícius de Moraes;  além de cair ...

Uma homenagem do poeta Trovador das Alterosas L embrei-me de você mulher formosa I nstintivamente senti e resolvi tentar L entamente eu subi uma serra penosa I a carregando a flor que queria plantar A Flor era uma rubra e perfumada rosa N em tinha nenhuma intenção de contar F oi penoso subir de novo a montanha A chei que não ia dar, mas o amor supera, T inha em mim uma vontade tamanha I m pelindo-me a não deixar ser quimera M as valeu toda minha dedicada sanha A Rosa estava florida nesta primavera. V aleu toda a espera e valeu o esforço A sorte premia a quem realmente quer, R ende louros ao poeta mesmo não moço G era sua poesia para quem ele quiser A beleza do gesto se torna em colosso S e a rosa vermelha é para uma mulher.