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Mostrando postagens de abril, 2022

Último poema de Abril

E lá se vai Abril, Ele que veio com um calor fora de época E vai embora numa noite chuvosa e fria Abril se despede No seu estilo, Sendo fértil no outono Faz antessala para o inverno Colhendo rimas para outro poema Abril, se despede num clima ameno Nem frio, nem quente Numa noite silenciosa e serena Abril, apenas segue. Fechando outro ciclo

...E lá vamos nós!

 ...E lá vamos nós! Este bordão era de um personagem de desenho animado, que eu via na infância, e como o dia hoje está para reminiscências, aproveitei a frase para enveredar por este tema. Chegamos ao fim de semana, mais um e lá vamos nós, uns já se preparando para aproveitar os dias de descanso com amigos, namorados (as) em clima de festa ou apenas reunião familiar ou mesmo aqueles sozinhos, que curtem um passeio ou assistir televisão, ler ou dormir; o final de semana, chegou. Claro, temos muitos que trabalham nestes dias, senão como teríamos os serviços prestados sem eles, e para estes profissionais, lá vão eles, para mais um fim de semana de trabalho. Comecei a ler os escritos postados e diante de alguns enredos, vi que temos muitas visões diferentes do momento atual; uns creem que o modo como estamos sendo governados está certo, outros discordam e nesta seara, lá vamos nós, comentando, dando curtidas ou apenas repassando as visitas. O assunto político, por si só, gera discussõ...

Prisma

A luz flerta com o amor e deste colóquio luminoso temos um prisma amoroso O amor, assim é multicor embeleza a vida e deixa a flor, colorida Do âmbar até o violáceo O amor replica luz, por todo espaço!

A casa - Vinicius de Moraes (com videoclipe)

Era uma casa muito engraçada Não tinha teto não tinha nada Ninguém podia entrar nela não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque pinico não tinha ali Mas era feita com muito esmero Na rua dos Bobos, número zero. Vinícius de Moraes e Toquinho Era uma casa de bela fachada Localizada em frente à praça Com flores amarelas no portão Era a mais bonita do quarteirão Com muro baixo e todo verde Na entrada um charmoso alpendre Muitos admiravam o que viam ali No sonho de uma igual, construir E era feita com muito aprumo Na rua Esperança, ainda sem número Lilian Ferraz

Cabelos (Acróstico do corpo humano)

C abelo, a moldura do rosto A atraí olhares e chama atenção B eleza para todos os gostos E svoaçados, crespos ou lisos L ongos, louros, curtos ou escuros O cabelo muda qualquer feição S imbólica marca da sua expressão

Cisco

Poeira levantou a ventania; vinha eu pela avenida quando um cisco no meu olho entrou. O olho lacrimejando ficou; coçou, e muito irritou. Andei um tempo com o cisco incomodando; lá em casa chegando, lavei o olho, que vermelho da irritação ficou. Corpúsculo diminuto que causa desconforto; que a gente não vê a hora  dele se livrar. Um cisco atrapalha demais. Agora, livre do cisco ainda tenho essa sensação incômoda comigo

Síntese

Nos pormenores desnuda a alma Destrói miragens naquele árido viver Na indução faz do que se vê, descrer Configuração que vida nova amálgama Pungentes sensações desperta, por querer Mesclando o passado com eventos tantos Desalinho no tempo onde se faz acontecer Nas metáforas pontua alegria e pranto Orbitando de forma incomum e atrevida Nas polaridades onde seu desejo incide Lança mão da poesia e, ali se convida Para viver o espanto de se redescobrir

Escritos de gaveta

Sob a neblina Ponto vermelho Sinal de vida! Lá na encosta Cortina viva Queda d'água Adormeceu, sem cantiga de ninar Luz de velas! Mulher sem nome  Rua sem placa  Vulto na madrugada   

Indiscreto

Tomei tua intromissão como afeição eliminando a carência da qual sofria Trouxeste luz e farta inspiração renasci, daquilo que eu padecia Eu, que antes quase nada escrevia na tua companhia ,voa solta a imaginação! Tomei tua intromissão como afeição eliminando a carência da qual sofria No início, me assustei com a indiscrição Logo eu, recatada e sempre arredia agora, contigo grata satisfação Compartilhamos tudo, noite e dia Tomei tua intromissão como afeição

Diário de bordo

 Finalizando abril, e o clima está seco, sem indícios de chuvas para este outono. Tudo segue a mesma toada. Sem muitas mudanças, que se faziam necessárias, mas estamos no comboio da espera da informação. Investimentos, mudanças e tudo mais requerem mais atenção, economia trôpega, pessoas apressadas a fazer uso do pouco que tem e o futuro, o que será? Não se sabe. Estamos na esteira com expectativas e seguindo o dito que nos guia: um dia após o outro. No mais, alguns entraves burocráticos que nos deixam mais ansiosos com os resultados e segue o rio, com estes avanços e reversos, já característico do ser humano em sua trajetória. Fim do registro

Contos (microcontos)

(Do contra) Havia uma seta indicando o caminho, preferiu o desvio. (Obsessivo) Desconfiava de tudo e de todos, então, sepultou seu amor no porão (O sonhador) Acreditava em si mesmo, sem destemor se lançou daquele patamar, criou asas. ( O poeta) Criava versos líricos e belos, descrevendo tudo que via, incompreendido, vivia solitário; não sabia descrever a si mesmo.

Momento atual

Ando meio desmotivada nem a rima consigo enquadrar sei lá, talvez seja, coisa da idade ou esta incômoda sensibilidade Num meio de mandos e desmandos onde perde-se o crivo da vergonha e o moderado junta-se ao bando destilando no ninho, sua peçonha Ó! Estes tempos inglórios Inclementes são autores da farra Gastos absurdos com dinheiro público Fora os abusos dos cidadãos comuns Neste lodaçal, tentamos emergir Nos contratempos, outros rumos seguir Tudo descamba, e a gente se zanga politica e outros assuntos pessoais vem a descrença, ceticismo e tudo mais Mas, vamos seguindo, assim se faz! Entre erros e acertos, caravana avança Os cães ladram e sobre ela se lançam O mundo movido pelos nossos sentidos Nos caminhos longos e imprecisos Colhemos o que nos é merecido Mesmo que haja nesta estrada um desvio Marchemos com a certeza de um oásis além do deserto, nisto eu acredito!😉

Hoje

Hoje travei e daquilo que havia criado des(inventei) o por quê? nem eu sei! Apenas, nada criei não inovei e também por isso não lastimei o tempo ido estou conformada com isto então, aceitei. Escrevi, rascunhei li, não gostei e deletei Eita! Nem sempre inspiração vem hoje sei, assim sendo, desencanei.

Nariz (Acróstico corpo humano)

N uma lufada de vento  A  roma provocante e convidativo R espiro essa intensa fragrância  I mbuído no ar teu chamamento  Z ona de perigo, aguça o sentido, te sigo! Crédito da imagem: Freepik

Duo

Outrora, poesia exuberante na lira dos amantes Passatempo que culminou no outono destes Primavera que floria e regava as letras na poesia Verão cheio de marcas de uma onda de volúpia Letras infladas de fulgor  numa insinuante cadência Fiel retrato de personagens predestinados Enredo alinhavado nos recônditos daqueles átrios Eu, então cúmplice de tal afetividade e entrega Rabisco linhas furtivas na esperança de atendê-lo! Nas estações poetizo os quereres e enlevos A poesia traz a expressão da história descrita Ressaltando sua romantizada perspectiva

Smack

  Em balõezinhos de um anúncio comercial Dois personagens cara a cara A menina, moreninha e meio gordinha O menino, loirinho e mais baixinho Ambos se olhando com avidez Um esperando o outro tomar a vez e neste instante, houve a decisão desenhado no próximo balão SMACK dentro de um coração1

Adamastor, o dia e o café

Adamastor acordou cedo. Sempre acordava. Eram cinco horas da manhã, e o galo cantava em algum lugar naquele vilarejo escondido no tempo. Ele se levantou da cama, calçou suas chinelas já bem surradas, e se espreguiçando foi para o banheiro. Esvaziou a bexiga, depois do alívio, foi até a pia, lavou as mãos e depois o rosto; se enxugou numa toalha azul pendurada no gancho rudimentar perto do espelho onde via sua imagem refletida. Fez caretas, cocou a barba, pegou a escova e fez sua rápida e necessária higiene matinal. Foi para a cozinha, bem típica de um lugar rural, onde havia um fogão antigo, onde em cima uma chaleira aguardava a água para o café; um mesa rústica de madeira decorada com uma toalha quadriculada, nas cores verde e branco; pegou a chaleira, levou a pia, encheu de água, pôs a ferver, foi até o pequeno armário, pegou um pote com café em pó, e depositou sobre a mesa. Enquanto esperava a água ferver, abriu a janela que dava para o descampado á sua frente. O sol vinha incidindo...

Estranha fobia

Estranha fobia,  que me acompanha e me faz recear,  daquilo que meus olhos não conseguem identificar.  algo, assim que trava,  meu horizonte embaça tornando insípido,  o gosto bom de tudo que há.  Estranha fobia,  que vem a mim noite e dia; e que a tudo mascara ceifando os sonhos como uma faca fazendo a carne rasgar.  Estranha fobia,  que me espanta,  titubeando entre o ir e o ficar; tentando alçar voo, mas com medo de pousar.  Algo que meu coração não consegue atinar.  Estranha fobia,  Que me deixa a deriva  Quando a embarcação  não consegue avançar  E, olha eu, que ironia!  tão desejosa deste mar vivendo a agonia desta Estranha fobia

Olhos (Acróstico corpo humano)

  O olhos que te miram  L uz que adentra meu mundo  H orizonte que se anuncia  O nde meu olhar alcança  S onho meu, desde de criança 

Pré história

Houve um tempo Que éramos nós mesmos Sem filtros ou tira teimas As emoções sem ressalvas Agíamos para manter a vida Com força, garra e também raiva Era vital a sobrevivência Faz parte da nossa essência Naquele tempo tudo era genuíno Atitudes de valentia e destemor Ali, na semeadura do gênese Neste meio agressivo e solitário Foi que germinou o amor Vivíamos as emoções exacerbadas Famintos devorávamos a nós mesmos Cheios de sede, sem freios, nos lançavamos Ao desejo de saciar o que nos atiçava Este tempo distante, ficou para trás Tornamos falhos, receosos e cismados Tormentas e tempestades Maturação! Evolução! Novo modo de expressão e vida A mudança foi algo sem retorno E se hoje, somos tementes aos arroubos Seria resquícios do que lá trás ficou.

Escritos de gaveta

Uma agitação que me acirra Expressão que foge à risca Duelo entre o querer e ter Numa cena tão imprevista Sensações de um outro tom Que meu ritmo desestabiliza Cadenciado afã que me instiga Junção de sonhos doutro verão

Feriado na Paulista

Feriado em São Paulo,  Cidade vira cartão postal Sugere um passeio legal Paulista, avenida concorrida Neste feriado, agrega estilos Tipicamente, cosmopolita Lá encontrei caricaturistas Cantores e cordelistas Transeuntes se divertem E apreciam os artistas Entre bicicletas e pedestres Olhares aguçados e admirados Prédios de imponentes fachadas São destaque da famosa avenida Circulando pelo trajeto Seguem moradores e turistas Eu, entre eles, uma caipira Curtindo o feriado na Paulista 

Piscar de olhos

Num piscar de olhos Um click Uma luz Num piscar de olhos Um um ruído Um olhar que seduz Num piscar de olhos Um pensamento Um arrependimento Num piscar de olhos Escurece Amanhece Num piscar de olhos A poesia aparece

Charada

                                        Olá, vou te propor uma charada Quero ver você adivinhar Então se prepare então, que é fácil de resolver, basta pensar Juntando as estrelas do firmamento E todas as gotas do oceano Faço tudo isto num poema rimar Num verso único e bem famoso O que será? O que será? Que faz o poeta sonhar e fantasiar Em letras impressas ou não Mas que vem do fundo do coração? Está presente na poesia, diuturnamente Quando ausente, deixa o bardo carente se não expresso, confunde a mente quando se dá voz, vira canção  Outra dica preciosa, vem agora O que me refiro aqui, nem sempre é dito muitas vezes é escrito, até em negrito Com ênfase dourada e tons azuis O que é, então, caros leitores que une e resume o afã poético de um jeito simbólico, lírico e nunca, jamais, aceita ser hipotético?

Eu também faço, e melhor

Assistindo um vídeo de uma pessoa famosa na internet, onde a mesma faz uma omelete, fiquei observando como era feito a iguaria tão comum, e o resultado não foi  o que eu esperava, vi que a pessoa fez algo bem aquém do desejado para um "masterchef", aproveito a ilustração desta cena para enveredar por um campo meio espinhoso, quando fazemos algo, seja lá o que for e, mesmo sabendo que está bom ou ótimo, outros com menos talento e exuberância no quesito se sobressaem por outros quesitos, coisa muito comum e que realmente, desgasta qualquer pessoa, ainda mais, quando vemos que esta tem mais capacidade do que a outra. Aqui fiquei mentalmente fazendo uma lista do que sei e consigo fazer, até melhor do que alguns, "notáveis" de plantão, e para os irônicos e desdenhadores que me acusarão de soberba, nada tem a ver; é sim um reconhecimento dos meus valores e virtudes, a saber: Já ouvi cantores e cantoras com voz esganiçada, levando pessoas a histeria, e modéstia á parte , e...

Roberto Carlos

Palmas para ele romântico inveterado hoje é seu aniversário Parabéns, Roberto Carlos! O "cara " que nos traz sempre sorrisos "Aquele amante a moda antiga" o "cara" que tem um" milhão de amigos" com aquele "ar de moço bom" Parabéns, ao Rei, mesmo que discordem pois as canções marcaram gerações com leveza e simplicidade e dão margem a todo tipo de "comentários" acerca do seu vocal e atuação, mas vale o que toca o coração Aqui, de "coração para coração" faço eu esta breve e singela Saudação! Felicitações! "São tantas emoções" https://youtu.be/hHEEzfz80JM

Índio

  Habitantes do novo mundo depois de uma exploração muitos foram dizimados e outros tantos expulsos Arcos e flechas não foram páreo para deter os gananciosos homens que aqui chegaram Hoje são lembrados, pontualmente, Com sua cultura, ritos e costumes Temos danças, comidas, curandeirismo na figura emblemática do pajé e na estrutura hierárquica do cacique Aqui, simples recortes de história de um povo primitivo, que ainda tem da antiga cultura alguns indícios Data para reflexão e não comemoração dos habitantes primeiros desta nação

Suíte 5

Já era avançado da hora, quando pessoas ouviram barulhos estranhos no aposento próximo. Susto e portas se abriram, cochichos e especulações no corredor. Fez necessária a presença de um funcionário, de onde ouviram barulho, agora silêncio. Batidas na porta sem respostas, assim foi urgente se abrir com a chave mestra. No quarto tudo arrumado, na cama um corpo caído. Heitor não tinha sinais vitais, tudo fora rápido e repentino. Confirmada a morte, nada se sabia nada do individuo, somente que quando se hospedou fez exigências que fosse na suíte 5.

A * L* E *L* U* I* A

Demos graças matinais Façamos o bem aos demais Sejamos cônscios das nossas f ragilidades Aceitemos a verdade Criemos vibrações de positividade Sejamos mais compreensivos e pontuais Na boa intenção o mundo nos acolhe mais Inspiremos um viver de amor e paz 

Uma cachorrada

Cecilia era uma boa menina Vivia numa casinha Lá perto de um riacho Num lugar bem ensolarado Cecília, a garotinha Brincava com sua cachorrinha A qual dera o nome de Cacau Tinha por esta um grande afeto E também gostava do coelho Que tinha o nome de Beto Um dia Cecilia acordou cedinho E chamou a cachorrinha Sua mãe, sempre zelosa, informou Que o papai havia levado Cacau Para tomar injeção Cecília fez bico e fez cara de choro Por que o papai tinha levado sua Cachorrinha para o hospital Sua mãe, não perdeu tempo, explicou Que Cacau precisa ser operada Para eles não terem em casa uma cachorrada Depois das explicações,  Cecilia se acalmou Foi para o quintal e   com coelho Beto brincou.

Sexta feira da paixão

Dia, comumente conhecido e inserido no calendário, de cunho religioso, que indica a crucificação de Cristo depois de torturado, humilhado e espancado. Data que nos serve para reflexão. Como estão nossos valores e conceitos? Mesmo sem religiosidade, há de se ter uma ponderação de atitudes que se tomem e o quanto estas afetam outros. No espírito religioso do dia, reflexão, jejum e orações. Que a festividade de Páscoa que se aproxima , seja uma data de valorização da Vida como um todo, pois Jesus ressuscita e nos indica que o maior tesouro é termos uma boa consciência e coração livre de coisas destroem a positvidade da Vida. Nesta sexta feira santa imbuídos do espirito genuíno de compaixão, possamos agregar mais valor aos nossos irmãos.  Feliz Páscoa a todos! 

Última poesia

Faço uma confissão Com uma situação Que me deixa incomodada Pois tenho sido acusada De ser falha e desantenada Há tempos venho sofrendo Uma série de provocações Coisa de gente má intencionada Que não tem amor no coração Veja bem, já fui eu plagiada e também de oportunista fui taxada Pessoas que são medianas em talento que se aproveitam de outros intentos E na ultima vez, fui mencionada como uma persona histriônica Deixarei a poesia engavetada e vou somente fazer crônicas

Diário de bordo

 Primeira quinzena de abril e alguns se passaram desde que escrevi aqui pela última vez. De lá para cá, alguns atropelos, desvios, claro também com acertos e sinalizações positivas, e sem muita inspiração para escrever. Alguns entraves emocionais, que me cerceiam, pois vejo que na escrita algo produtivo e interativo, mas infelizmente, por ser subjetiva traz em si uma gama de interpretações que nem sempre o leitor está preparado para absorver, o que acaba criando certos desconfortos entre autor e leitor na proposta apresentada e no comentário recebido. Creio ser algo comum nesta seara, mas como sou apenas entusiasta me deixa frustrada certas indicações, interpretações e inferências, que sei que não são culpa do leitor, mas sim do seu ego e tudo que carrega em si, além é claro da influência do meio em que vive. Tive uns dias de viagem, outono de paisagens diferentes, que me renderam algumas ideias, que tentarei por em prática ainda nesta estação.  Fim do registro.

Contigo mesmo

Perambulava eu pelo mundo sem rumo e nem endereço quando esbarrei com você num estação de veraneio Resisti a teus encantos, a princípio Receio tive que quisesse apenas um flerte, daqueles ocasionais Fingi não ter interesse, mas meu olhar e gestos  denunciavam demais De maneiras diversas resisti e evitei o contato ao máximo, porém coração cansado de não amar alma inquieta de vagar a esmo percebeu que o amor se apresentou a mim desde o começo  e,  era contigo mesmo.

Escritos de gaveta

Num ato de bravura salvou a si próprio de um amor impróprio ✨ Sem notícias precipitou-se e concluiu: O amor nunca existiu ✨ Na palma da mão A linha do destino só tinha contradição

Em tela

Nos campos verdejantes Num lugar bonito e distante Há um espaço onírico Onde flores estão a desabrochar Uma camponesa caminha entre elas Com um cesto nas mãos, aprecia a floração  Numa convidativa manhã, flores e moça Retratam uma imagem tão bela No céu azul, sob o sol que brilha Uma águia sobrevoa aquela paisagem O exímio artífice nas telas eterniza Com tintas e cores a imagem Para nós, observadores da cena A tela é um belo poema Onde se pode vivamente observar A natureza e toda a sua inspiração Que ao divino devemos louvar!

Através

Através da escrita Reajo a este modo de vida E com ela e por ela Construo outros dias Outros elos, outras fantasias Através da escrita Posso ser vista E neste olhar, de tantas indagaçoes Há uma desconstrução Do que eu tinha como Inquestionável e viável  Através da lente, e da linha textual Quem escreve permanece ligado Ao momento em si Ao futuro que há de vir e ao irreparável passado  Nos tornamos, presente Neste meio que resgata O que de melhor há E não nos deixa de um porvir  No Shangri la, desacreditar. 

Poesia para Odete

Oi Odete Quanto tempo a gente não se fala Me diga, você o que fazes de bom? Como estão teus filhos? Seu gato e seu marido? (Seus filhos já estão bem crescidos...) Diga-me, Odete O que tem feito por esses tempos? Escrevendo poesias? E os sonetos? Eu te admiro na arte Quisera eu ser como ti, Mulher de estilo criativo e que não fica a margem. Sabe, eu gostaria de falar com você sobre meus enredos, meus ensaios e também sobre meus medos Que pena que a gente pouco se fala e raramente se vê Mas gosto de trocar impressões do mundo, do eu, da vida, contigo Envio esta para você Talvez nem tenha tempo de ler mas espero que a poesia te anime e no mais, para outros fins te inspire Se puder me responder, ficarei contente lembro muito de quando a gente juntas ficávamos horas fio jogando conversa fora na orla naquela praia do Rio Pode me ligar, o telefone é o mesmo Aliás, tudo continua o mesmo por aqui mudou o mundo e eu ainda sou a mesma Coisa de gente estranha e suas incertezas Odete, se puder, ...

A vida é uma peça

A vida é mesmo uma grande peça Onde encenamos vários atos Se hoje vivencio momentos dramáticos O amanhã pode ser uma festa Uma grande plateia nos assiste e aplaude No camarote temos uns fãs mais afoitos Torcendo por nós quando tudo pega fogo E precisamos de coragem para mudar o jogo  Em cenários diversos podemos passear Vamos apreciando o que de bom há A natureza e tudo que podemos contemplar Podendo assim, o enredo mudar  O céu é um manto que recobre nossa encenação Sob o brilho da lua ou de um sol radiante Somos de fato privilegiados , por essa atuação Cada um de nós é uma estrela desta apresentação

AUSPICIOSO

Quão auspicioso é o amanhecer Depois de uma silenciosa noite Traz em si matizes de um viver O que pode acontecer? Como saber Importa sim é seguir neste sentido E manifestar a tudo um bem querer Raia o dia, despretensiosamente E no fluir de mais uma etapa diária Elevar o ânimo e agradecer a graça

Indomável

Intrépido e arisco Atiça e me arrebata Virando meu juízo Algo que atordoa E já virou vício Tento tomar as rédeas Usando a razão E nesta sede insana Procuro dar uma trégua Nesta louca tentação Tentativa vã Que me sufoca e tortura O desejo fala mais alto Inebriante loucura É um sentir indomável Com apelo selvagem Sem amarras a libidinagem Torna tudo realizável  

Poesia dual

Neste movimento de ir e vir Estar e sentir Onde posso na fantasia Me inserir Em outro contexto diferente Do real Com a promessa de um  novo amanhecer Que traga bons momentos Entre eu e você Onde a vida venha a florir  Em tons exuberantes, tudo colorir  Criando uma história de amor Numa poesia dual

A mentira

Celso era um bom rapaz, desses homens que são destinados a ter muitos amigos. Era inteligente, bom papo, sem ataques de soberba ou ira, tranquilo. Só tinha um porém, era mulherengo. Gostava de namorar, tinha uma moça que noivava, mas isto não o impedia de ter casos e encontros esporádicos. Os amigos o aconselhavam, pois tudo podia desandar, de uma hora para outra, mas Celso, não o dava importância a essas recomendações, dizia ser exagero da turma, porque no fundo tinham inveja do seu jeito de ser. Carina, a noiva, era mulher antenada no mundo. Cursava arquitetura e já estava com vezes de estagiar numa empresa de grande porte. Ela nem desconfiava das armações do noivo, e assim seguiam o compromisso.  Celso conheceu Iolanda no escritório de advocacia onde trabalhava. Ela era bonita, sensual, desprovida de recatos, usava roupas provocativas e tinha uma voz sedutora, tudo que um homem deseja; aquele apelo sensual e um jeito provocante  de se fazer notar. Iolanda era uma mulher que...

O equívoco

Gumercindo vivia cismado. Tudo para ele tinha algo a mais. A dúvida consumia seus dias. A mulher o traía?! Ouvira fragmentos de conversas, vindas do outro cômodo. Ficara em dúvida. Desconfiava, não tinha certeza de de nada. Restara seguir e confirmar. Foi o que fez, e viu. Seus olhos não acreditavam. Lá estava Celina conversando, animadamente, com um homem de meia idade mas bem apessoado. Quem seria? Não iria se humilhar a ponto de se expor a vergonha do caso na frente de todos . Decidiu retornar para casa e lá a confrontar Assim o fez. Esperou, Impaciente, ela voltar e já preparou o que iria falar. Não engoliria a desfaçatez dela. Celina sempre fora muito recatada e discreta , nunca houve nada de concreto que ele tenha visto ou ouvido, mas ultimamente, as conversas no celular; irmã sempre ligando fora de hora. Ela sabia que ele era ciumento, então por que fazia isso. Já tivera outros rompantes lá no início do casamento, antes dos filhos, e agora, já com mais dezesseis anos de casados...

Escritos de gaveta

Um barco a deriva Sonhos impróprios Pendendo para estibordo O amor se esquiva     🌼🌼🌼 Findou, Março O que faço? Reconstruo sonhos Em outro espaço      🌼🌼🌼 Apaixonamento Delícia que inspira Consentimento Do que me cativa       🌼🌼🌼