Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2020

Impuros

Pecado consumado na poesia aconteceu Você e Eu!

Sonhos pueris

Eu, cachinhos anelados, pequenina Brincava com meu irmãozinho Lá no quintal, num lugar qualquer Nas cercanias de um vilarejo  Na lavoura e horta o papai trabalhava Mamãe, prestimosa, a cuidar do lar E a nós, crianças, nos cabia, sonhar e brincar  Eu fantasiava que era um gigante Meu irmãozinho, um comandante, um general. E nessas fantasias, o mundo a gente descobria O mau a gente com valentia, combatíamos. E com penhor, sem saber o que era este valor Imaginávamos uma vida salutar, abundante Em que tudo era belo, certo e tinha sentido Os dias eram festivos em nossa imaginação Sonhos pueris, floridos e criativos Que na infância ficaram para sempre selados Trazendo a nós, hoje adultos, reticentes Um pouco da magia dos sonhos deixados ao léu Num rico e fantasioso passado.

Sim, tomas!

Sim, tomas! Sim, Concedo-lhe esta dança no salão Sim, Aceito que aperte com carinho minha mão Sim, Abraça-me enquanto sinto meu corpo levitar do chão Sim, Conduza-me  na cadência desta doce canção Sim, Permito que fite meus olhos e veja o brilho da paixão Sim, Tomas é teu, meu coração

Coisa linda!

No seu rosto um lampejo Um misto de mistério e desejo Quero arrancar-te um beijo Coisa Linda!

Doce & Amargo

Sabemos que há uma linha divisória, que separa a cor do incolor; a vida da morte; o insipido e o gostoso, mas vejo que por mais que tentemos fincar gosto ou preferência por algo, sempre vem um apelo externo com argumentos, nem sempre plausíveis e até muito duvidosos, questionando tal feita. Digo isto, para registrar uma situação muito comum, desde dos primórdios da humanidade e, claro, com essa onda de internet,  ficou massiva e excruciante.  A mania de rotular ou estereotipar um indivíduo. Simples,  eu gosto de café  amargo, porque tem menos calorias e também aprecio o sabor do fruto, em seu processo de coagem e filtragem. Pronto, já  dizem, ela gosta de café amargo, porque é amarga e chata. Se adoço o café,  já me dizem, ( e dizem a outros também), um café doce pressupõe amabilidade e, assim estou apaixonada!  Está rotulado o modus operandi de apreciar o café. Se uma pessoa escolhe uma blusa vermelha,  lá vem a insinuação , será que está...

Comichão

Sentir aquela sensação incômoda, comichão, é algo que irrita e incomoda, a bem da verdade, e sempre que possível livrar-se do mesmo é imprescindível, mas pegando o tema como ilustrativo, uma comichão, por vezes, é proveitosa. Dizem por aí que o escritor, seja ele poeta ou narrador de causos, precisa de um certo empurrãozinho para decolar sua inspiração, eu de cá, sei não, mas como estou um tempinho num certo marasmo, devido a certos embaraços (ainda rimando,rrrsss), vi que tem fundamento o tal dito apregoado. Um empurrãozinho leva o sujeito a mudar o olhar e fazer o que talvez não estivesse propenso até então, mas cabe ressaltar, falo de um empurrãozinho, que desperta a vontade de mover e   atuar. No caso dos escritores, dizem por aí, que o tal empurrãozinho é sentido como esta comichão, ali incomodando e afetando seu estado atual. Então neste caso, se a inspiração se apresenta num incomodo, numa inquietação, então a comichão é muito bem-vinda.

Chuviscos

Chuviscos Chuva que adentrou a madrugada Aqui,amainou, quase cessou Manhã nublada Poças d’água Respingos na vidraça Tênues filetes no papel Chuviscando poesia

Parceria

Parceria Aos teus carinhos com toda certeza Meu viver hei de compartilhar E numa venturosa parceria Eu e tu, o amor vamos fomentar Formemos então essa nova união Onde o amor é a estrela maior Fazendo assim a cada amanhecer Uma nova etapa nessa evolução Compartilhando a alegria e a dor Buscando horizontes inexplorados Com carinho , respeito e destemor Imbuídos de amor, assim interligados

Lúgubre

Lúgubre A seara não é mais verde O sol já não tem mais o dourado a encantar Flores mesclam dor e pesar Em suas pétalas coloridas; estranha contradição como se isto f osse uma alegria, um festejar De súbito a alma partiu A dor aqui emergiu Semblantes indagativos, Aflitos Inconformados Pousa o pássaro Observa o clamor de uma nova noite Sem afetação Finda o dia A noite não silencia Os choros e os gritos que os corações Não suportam A vida se apaga A dor dos que ficam é afiada, corta aflige, indaga : Por que? Poema elaborado após saber da morte de um jovem que tirou sua vida, subitamente.

Aquele que não soube amar

No ar paira um silêncio que tortura Vago a esmo, esmorecido por tua ausência Um inquietante pesar me traz a imagem sua Ainda lembro daquele expressivo olhar Com que sempre me recebia quando chegava Ó que saudades tenho de ti, amada! Na ânsia desesperada de a tudo conquistar Simplesmente a perdi por não saber te amar

Amor a bordo

Colidem ondas bravias Neste mar que navego  Eu, marujo intrépido  Até no último suspiro de vida Meu amor por ti não nego.

Gosto

Gosto do seu gosto por chás e infusões Gosto do chá de hortelã Que você faz pela manhã E aquele cheirinho bom Que toma o ambiente Um chazinho de romã Quando pede um chá quente Em nossas conversas Sempre tem um chazinho Aquele que tem canela É meu forte, bem docinho O que vale é a companhia Desde a alvorada ao anoitecer Um chá com boa poesia E tudo de bom, gosto disso em vocẽ.

Encontro vespertino

Numa tarde namoradeira Eu e você assim de bobeira Curtindo musica e com um chá Sem pressa da hora passar Um risinho aqui outro acolá beijinhos e afagos carinhosos numa tarde namoradeira Eu e você, assim de bobeira Mesclando poesia e o amor a degustar

Chá poético

Um convite delicado Para um chá da tarde Recheado de poesias E um bom bate-papo Chá poético, o tema Do encontro usual Onde lemos poemas Neste cantinho virtual Eu já estava ansiosa Buscando uma inspiração Uma poesia ou prosa Não decepcionar o anfitrião Muitos nomes que não sei Pessoas bem gabaritadas Vão postando alegria em versos E cativando o internauta. Sou muito agradecida Pelo gentil convite Aqui fica minha poesia Com versos simples

Poema das palavras inúteis

Eis aqui um poema antigo, lá se vão anos, que ganhei e guardei com cuidado. O poema não é de minha autoria, mas sempre o achei muito lindo e etéreo.

Mortalha

A vida é uma grande luta E não podemos ficar fora da batalha Avançamos rumo à vitória Porém tem vezes que a gente falha Cremos em falsos arautos do futuro Que vivem crocitando feito gralhas Os desvalidos são os alvos preferidos Espoliados em sua boa fé e vivem de migalhas Tanta desordem mundial, eu vejo agora Confesso, já estou jogando a toalha Com descrença no que está por vir Vejo que estamos no fio da navalha! Revestindo minha sina de pouca sorte Vestígios de sonhos jazem na mortalha

Constatações e indagações

Tu dizes que me ama...por que, ainda não sei. Sou um osso duro de roer, pessoa dificil de conviver. Carente e muito emotiva, preciso de dengo e chamego, mas também não gosto de ser cobrada e criticada. Tu dizes que me ama...por que, ainda não sei. Sou eu a mulher do outro lado da rua, que foge do encontro para evitar ser reavalida de fato. Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Tenho minhas falhas, bem sei, mas tento me adequar, se bem que não é fácil melhorar quando se vẽ diante de alguém as suas falhas apontar. Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Sou cismada, nem um pouco radiante, fico enciumada e ainda por cima sou pedante. Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Sou preguiçosa e meio devagar, carrego comigo esta sina desde a infância, se bem que a vida me faça com afinco a muitos me dedicar. Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Escrevo umas poucas linhas, sem pretensão e nem soberba. Tive ímpetos que foram produtivos, porém meus escritos são assim, meros, s...

O amor numa estação

Quando o amor fica no passado Deixa vestígios no coração Sendo forte, jamais é apagado Nem o tempo vence essa emoção  Eu era menina e você meu amado Vivíamos uma tórrida relação Quando o amor fica no passado Deixa vestígios no coração Encontros furtivos e acirrados Beijos ardentes,muita empolgação Poemas de amor rascunhados Foi nosso amor num distante verão Quando o amor fica no passado

Coração peregrino

Vi teu rastro na areia E me pus a considerar Que mimo será teu olhar? Se o teu rastro me faz chorar Ai! Se a saudade matasse Como tem de obrigação Muita gente morreria De pura imaginação Não botes lencinho branco Para o lado para onde ando Dá um vento, abana o lenço Penso que estás me chamando Coração que ama dois Também pode amar a três Vai amando de um a um E deixa todos de uma vez. Autoria: Glória Geralda ( in memorian) Escrito encontrado em meio a velhos papéis, numa arrumação feita aqui em casa.

Diário de bordo

Terceiro dia do mês de Janeiro da segunda década do terceiro milênio. Muito pomposo e um tanto matemático (descrição muito pouco usual, convenhamos!), para definir que entramos no ano de 2020, com um verão típico, com calor em terras tropicais acompanhado de chuvas torrenciais em alguns lugarejos, e outros, chuvas refrescantes e muito benfazejas. Nada de muito novo nos primeiros dias do ano, a nação varonil, ainda sonolenta e um tanto ébria com efeitos do ano findado, vai aos poucos se organizando em seus cotidianos, de férias escolares, viagens, trabalhos e muitos a procura de emprego. Situação econômica arrasta a social num "lamaçal" que prende e impede avanços. Temos promessas e cremos numa melhoria, que se avizinha aos poucos em algumas metas e projetos de progresso num certa ordem nacional. Aqui, tempo nebuloso e quente. Umidade presente no ar. Dia de verão com poucas  mudanças climáticas á vista. Aqueles projetos e metas para o ano vindouro, que ansiáva...