Pular para o conteúdo principal

Constatações e indagações

Tu dizes que me ama...por que, ainda não sei. Sou um osso duro de roer, pessoa dificil de conviver. Carente e muito emotiva, preciso de dengo e chamego, mas também não gosto de ser cobrada e criticada.
Tu dizes que me ama...por que, ainda não sei. Sou eu a mulher do outro lado da rua, que foge do encontro para evitar ser reavalida de fato.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Tenho minhas falhas, bem sei, mas tento me adequar, se bem que não é fácil melhorar quando se vẽ diante de alguém as suas falhas apontar.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Sou cismada, nem um pouco radiante, fico enciumada e ainda por cima sou pedante.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Sou preguiçosa e meio devagar, carrego comigo esta sina desde a infância, se bem que a vida me faça com afinco a muitos me dedicar.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Escrevo umas poucas linhas, sem pretensão e nem soberba. Tive ímpetos que foram produtivos, porém meus escritos são assim, meros, simples, quase um risco.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Não carrego sonhos comigo, sei lá, nem onde os deixei ou se alguma vez na vida os alimentei. Vou vivendo o dia a dia, com ou sem poesia, fazendo cena e rimas, ora de amor, ora de solidão. Sem a algo de fato me apegar.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Tenho minhas fases de lua, também, mas sou tristonha, soturna e calada, quando cismo...posso ser esfuziante e agitada dependendo do motivo. Nada a ver com Bipolar, não venha me catalogar.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Se um dia eu for flor, girassol ou flor de lis eu serei. porque gosto da cor do sol, e sinto sonoridade no Lis. Gosto de MPB e também de Clásssicos. Não curto muito o ritmo alucinante do Funk.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Tive minhas vitórias sim, as tive, mas também tive dias e fases inglórias...tem coisas das quais não me orgulho não, mas tento encarar como passos da minha evolução.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Se querias alguém livre, desvinculada, articulada e literata, errou o endereço, carrego alguns entraves,se bem que não são coisas que me valem, que faço seguir como lei.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Talvez eu nunca venha a entender a forma do amor histriônico, esse meio fogos, meio louco, meio bobo...talvez eu não saiba vivenciar a dor no papel, culpada ou inocente, seria o verbo de ligação, tão veemente? Sei não....Ser ou não , eis a questão.
Tu dizes que me ama...porque ainda não sei. Só sei, que simplesmente, um dia te encontrei e por ti me apaixonei.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...