Alcunha






Plínio tinha um alcunha
Algo que o incomodava
Mas não podia reclamar
Pois tentava se enturmar
Era tido como "grudinho"
Já que sempre aparecia
Nas conversas e grupinhos
Não sabiam que Plínio
Era carente e sonhador
Isso o levava a procurar
companhia seja onde for
Muita gente dele corria
Outros já o evitavam
Achavam ele um chato!
E Plinio sabia e continuava
Melhor assim que solitário
Um dia num desses grupos
Plinio foi apresentado
A uma recém chegada
Era ela de outra cidade
Plínio logo se encantou
com simpatia de Bia
E fixou a atenção nela
Nas rodinhas e conversas
Estava sempre antenado
Funcionária nova e bonita
Despertou nele o amor
Ela também se enamorou
e assim Plínio e Bia
Descobriram afinidades
Ela não se importava
com a fama dele de grude
nem para sua voz fina
Ela era tímida e sozinha
e também tinha ciúmes
uniram o útil ao agradável
então felizes Plínio e Bia
a relação só prosperava
Era ele o grudinho dela
ela o piteuzinho dele
e aquele famoso alcunha
não mais o incomodava
Eram eles carne e unha.



Poesia n 358 do ano de 2024 🎈


Deus é bom, sempre! 🙏



* crédito da imagem: Freepik

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