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Brasil, o país da insegurança

   Ontem, segunda-feira nos deparamos com atos de violência extrema tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo, e apenas para citar as notícias mais televisionadas e veiculadas na internet. Em São Paulo, tragicamente, outro atentado em escola, com um adolescente que munido de arma de fogo adentrou a escola onde estudava, na região de Sapopemba e disparou tiros, ferindo duas alunas e matando uma, o que é trágico e deixa todos consternados. Já tivemos casos como o mesmo modelo de ataque, um aluno ou ex aluno, chega armado e partindo do princípio de que não está bem, psicologicamente e mentalmente, agride, põe em pânico e mata. Só este ano no Paraná tivemos casos assim, em São Paulo e em Blumenau, numa creche, fazendo uma análise crua, verificamos que algo está muito errado.

   Ainda na pauta da dia , ontem o Rio de Janeiro viveu uma tarde de guerrilha, com vários ônibus incendiados, pneus queimados em avenidas e rodovias, um caos, levando a suspensão de aulas, alteração de horário comercial e uma batalha inglória da policia para conter a violência gerada e o motivo, um "miliciano" foi morto pela policia civil, segundo notas informativas e claro, como o Estado é falho e fica esse vácuo, o povo se rebela contra o sistema e defende o miliciano, coisas de "Brasilis".

   Já vínhamos de um final de semana com algumas situações graves, como um atropleamento em massa na região da Cracolândia em São Paulo, onde um motorista se viu ameaçado e com a família no veículo acelerou e atropelou pessoas que vivem naquela zona de vulneráveis , onde pessoas se entregam ao vício.

   Realmente, o Brasil não é um país para fracos, e nós que estamos na linha de frente, o cidadão comum sente na pele os efeitos da violência, e já vimos que em tudo há essa agressão, seja de modo mortal e físico, como os citados, ou de modo a  inflar um modelo econômico falido, levando a prejuízos pequenos e médios empresários; juros extorsivos do sistema bancário, e a fragilidade das leis que baseadas em interpretações pessoais e ideológicas, causam prejuízos a quem quer investir no país, o que é conhecido como a tal inseguração jurídica.

   Quisera eu poder mencionar coisas boas e alegres, festivas e bem intencionadas, mas as notas e chamadas na rede mundial, só dão conta do desmantelo do Estado no que tange a segurança pública, e falo em todos os entes federativos da Nação, pois o Brasil está deficitário de politicas públicas de inserção social para diminuir a violência, e também mais leis que não favoreçam a violência sem punição, pois quando se fala de punir o crime, sempre há a voz dos "indignados" dizendo em alto e bom som que a punição não resolve e sim educação e inserção social, claro que  resolve sim, pois vem como aliada, numa forma de fazer com o que o cidadão ou pessoa reveja seus atos e tenha ciência que afeta outros e causa dor e constrangimento a todos. Enfim, é algo que carece de Poder Legislativo para criar leis que fundamente a garantia constitucuional do cidadão mas proteja o de ser tolhido pela violência desenfreada. A sociedade civil como um todo também pode e  deve participar, sugerindo, indicando, fomentando e atuando de forma a diminuir esses apsctos gritantes que são alardeados pela imprensa como causa principal. A Igreja, seja ela de qualquer denominação religiosa, tem seu peso, a família muito e assim todos envoltos num processo árduo e longo, no nosso caso, de abrandar a violência que vem como fogo no milharal e se instala em qualquer reduto  sem escolher status, posição social e nem padrão de cor e raça.

   Na constituição temos os direitos garantidos pelo Estado e a segurança é mola mestra da sociedade organizada e civilizada, o que vemos é que há falhas e vez por outra, surge uns e outros tentando tapar o sol com a peneira, até com boas ações voltadas a apaziguação dos locais mais violentos e comunidades mais carentes, porém o que vemos é que pessoas de bom nivel social, que participam de várias atividades sociais, também vem com essa demanda agressiva, só para ilustrar vimos tantos casos de feminícidos onde sempre ou geralmente, os autores são homens bem posicionados e com status social; sendo assim ficamos reféns de um sistema falho e de políticas ou a falta destas, para que nos sintamos protegido ou com uma sensação de menor vulnerabilidade frente a tantos atos que se apresentam, diariamente.



Crédito da imagem: Freepik

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