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Escritos de gaveta




Olho para ti

e o que vejo?

Um homem com cara de menino

um sonhador que veio

de um lugar longínquo

Ò! Que trapalhada do destino

dar asas e ímpeto ao menino

que saiu do seu esconderijo

para vivenciar tão longe

um sonho romântico num poema idílico

Ainda sonhas comigo?

Eu contigo

mas te digo

talvez estejamos em enredos

diferentes

 daqueles que causam sofreguidão na gente

Ò destino cruel!

Mutilar sonhos

e nos tornar assim tão carentes

Olho em frente 

e o que vejo

o infante que dantes

era arrojado e sensual

mas numa artimanha fatal

criou um arremedo exdrúxulo

da fantasia neste mundo real.


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