Sonho dourado

 

 Quando menina mantinha sonhos pueris e fantasiosos, coisas de uma mente fértil e sonhadora.

  Sempre ouvia , que no fim do arco -íris havia um pote de ouro, e como criança me imaginava encontrando esse pote (que coisa mais doce e imaginativa!)

  Já na adolescência, sonhava em poder conhecer lugares distantes, aqueles paradisíacos, com praias de mar azul, sem fim, com rochedos e uma vista que encanta qualquer expectador. Conhecer o tais moinhos dos países baixos, andar a noite na chuva numa cidade que é cenário de cinema. Claro, tendo por companhia um parceiro gentil e participativo.

  O tempo passa e a gente vai aprimorando os sonhos, e mudando umas coisas que tinham aquele apelo mais fantasioso (leia-se, o pote no fim do arco-íris), e vamos assimilando novas propostas, outras situações que alteram o sonho de outrora. Um bilhete de loteria premiado, um ganho inesperado, uma proposta de casamento, tudo isso combinado faz parte de sonhos, ainda ,por muitos romantizados, e eu não fujo a regra, mas vamos com a idade desapegando de alguns e acalentando outros. Eu não sonho mais com o pote de ouro e nem com tesouros que venham a mim de forma inesperada, mas ainda acalento sim, um sonho dourado.




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