Pular para o conteúdo principal

Atalhos

Atualmente, usamos muito "atalhos", por que a informática pede e preconiza a execução de tarefas em tempo hábil, quase que na velocidade da luz! Então, lançamos mão de atalhos na tela do celular, do PC e os demais dispositivos, para "aproveitar" melhor o tempo ou "gasta-lo" menos?! Sabemos que um atalho é um caminho mais curto do que o normal, e pegando esse significado fico a matutar, que há pessoas de "atalhos" outras "peregrinas", os primeiros buscam uma forma prática, rápida e eficaz de resolver e sair de situações que tomam tempo e consomem energia; já as segundas personagens, optam, talvez não, conscientemente, pela peregrinação, seguem longos caminhos, imbuídas de um sentido honorável de esforço + dedicação = valorização. Eu  me enquadro no segundo grupo, com aqueles que tentam algo e o fazem pelo método mais trabalhoso, longevo e até extenuante, tenho dificuldades em encurtar caminhos.

Sei que muito disso, vai da estrutura familiar, experiências sociais e conceitos arraigados, sendo que uma pessoa pode ser muito eficaz e vitoriosa escolhendo caminhos longos, e a outra se sair muito mal em seus atalhos, tudo depende da pessoa, das virtudes e defeitos, da oportunidade e da necessidade.

Uma coisa é fato a peregrinação é um jeito de trilhar a vida com persistência, resiliência e engajamento, pois por ser um caminho longo e cheio de surpresas, porque o Viver é surpreendente, acaba por vezes, desanimando e criando frustrações tantas. Os atalhos são bem vindos, à medida que facilitem a chegada  a um determinado ponto, desde que seja de forma positiva e construtiva, mas como eu citei, essas opções, muitas das vezes, recaem no campo do inconsciente e aí, é um Deus nos acuda! (Salve- se quem puder!)

Isto posto, finalizo esse breve reflexão de sexta-feira, para expressar minha experiência, onde os atalhos, nas questões pessoais e sociais,  pouco fazem parte do meu modo de agir e pensar, pois  fazendo um retrospecto, venho neste movimento chamado Vida, de forma mais laboriosa, pertinaz e peregrina.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...