CARTA -POESIA Dia quatro ou quarto dia talvez aqui não haja carência da ordem em que se apresenta o inicio de uma carta-poesia. Já se passaram vários dias, meses e até fechamos ciclos anuais, em que motivados por uma fogosa inspiração, nos entregamos ao jogos de prazer e luxúria, em detrimento da razão, e agora, ficamos a mercê da inconstância do tempo. Você me disse que estava com problemas diversos, eu não acreditei, e naquela rua erma, numa noite de outubro quase te esganei. Eu, como você já sabe, tenho lá minhas limitações, são muitas coisas em jogo, família e segurança, não se pode jogar tudo para o alto e sair por aí com a cabeça na lua, a mão no bolso, e o bolso vazio, como você sempre o fez e queria. Sinto muito. Nosso affair foi enlouquecedor, mas precisamos frear os impulsos, por isso te escrevo esta breve carta, não como um " chega pra lá" digital, mas como uma maneira simpática e não tão avessa de explicar por que viajei par...