Os cientistas já fizeram testes em máquinas de RM (Ressonância magnética), a fim de identificar as mudanças no órgão da vida, quando olhamos ou lembramos de situações alegres ou infelizes, e claro, o cérebro responde, mas o coração tem sua demanda, quando exigido; mostra-se mais ativo ou menos acelerado. Domina o corpo, com seu fluxo sanguíneo sendo bombeado, com batimentos cardíacos constantes ou não, determina o ritmo da respiração, e ai identifica-se uma emoção.Ah! Sim, o coração vem ao longo da história humana despertando curiosidade e sendo motivo de estudos e teses.
Nunca houve um tema tão amplamente abordado como o coração? Os poetas sabem bem disto. escrevem textos diversos, sobre seus amores e suas dores, sendo sempre o coração o objeto, o sujeito, o elo que mantém este fecundo veio de inspiração. Os músicos e letristas, então, se esbaldam em falar e cantar sobre o coração e suas venturas e deslizes. Eu não curto Marília Mendonça, mas quem ouve diz que as músicas dela são a pura expressão da dor de cotovelo, e o que é a essa dor de cotovelo ou dor da traição, do desamor, senão a expressão de uma falta de sintonia entre o objeto de desejo e sua escusa em nos amar ou querer, desilusão que entristece o coração. E sofre coração. Cancões apaixonadas, sofridas, retratam sobre parcerias feitas e desfeitas ao longo da vida, e o coração fica ora ocupado, ora livre; ora festivo, ora triste. vale tudo nas letras musicais e também peças e novelas. Bate coração e outros tantos nomes de novela que não vou citar, pois ficaria extensivo demais o texto.
Dizemos que fulano tem um coração de ouro, quando este é bom, boníssimo, diga-se de passagem, e que o coração é negro quando o sujeito é malvado e cruel, mas como dizia Einstein, o físico, tudo é relativo, então o que seria bom para mim, pode não o ser para quem lê este escrito. Aí, entramos numa seara muito delicada, porque envolve sentimentos e inferência de julgamentos, por isso, o coração acaba sendo colocado em dúvida quando se põe frente á razão, ou fatos razoáveis. Um embate eterno.
Quando estamos apaixonados e temos comportamentos estranhos ao exigido " socialmente", diz-se que temos um coração bobo, porque aceitamos ser feitos de tolos pelo ser que amamos,mesmo sabendo que sofremos. Não nos importamos com o ridículo. Dizemos, ser detentor de um coração frio aquele que não se importa ou comove com a dor alheia; coração ardente, os sujeitos que se entregam de corpo e alma, e amam, e justificam seus atos e ações pelos ditames do coração; Coração valente, guerreiro ou coração amargurado, fechado. Há, também, os que tem o coração um tanto volúvel, dirigindo a este ou aquele sua atenção e seu foco, não durando muito tempo essa atenção, mas seria o coração que dirige o tal entusiasmo? Sei não, vejo de forma psicanalítica, que não, seria algo anterior ao sentir, mas deixemos isto para os catedráticos de plantão, e fiquemos com o foco no coração.
Esse meu coração sem juízo, já cantou Moacir Franco, que beleza, parece-me um tanto familiar, eu gosto dessas canções românticas e que fazem o céu chorar. Já escrevi também, sobre o coração em poemas e discursos; textos empolgantes, textos tristonhos. como sempre, o coração é o centro das emoções, mesmo que gente tenha alguma dúvida, não dá pra fugir desse contexto. Já versejei sobre coração arredio, partido, apaixonado, nobre, calado, triste e também sobre o coração alado.Haja coração!
Num coração cabe o mundo, já ouvi essa frase ou li em algum lugar, mas sei a autoria, contanto ela se adequa ao que vemos,dada a sua complexidade e suma importância. sabemos e sentimos acerca do coração e suas ingerências e inferências. A máquina propulsora da vida é constante e harmoniosa, quando não se tem nenhuma má formação ou algo que deturpe suas funções, como doenças degenerativas, infartos ou stress, que acabam desequilibrando o órgão. Segue, ávido, vigoroso, compassado, até o último instante.
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