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Diário de bordo

Aos vinte dias do quinto mês do ano de dois e vinte, o mundo ainda sente a turbulência do estrago causado pelo Corona vírus. Viagens, eventos, programação empresarial, planos pessoais, tudo adiado, sem data definida, pois o que conta agora é a luta pela vida.

Instalou-se um clima ferrenho de  embates entre o pão e a vida, e como ambos tem razão em seus argumentos, ficamos à deriva, a mercê de decisões governamentais e atos do poder executivo, seja local ou não, para traçarmos um rumo nesta guerra que foi estimulada tendo como pano de fundo, interesses comerciais e poder econômico de uma nação, e agora, se espalhou pelos cantos do mundo causando muita desorganização em sistemas políticos frágeis e ineficientes, como é o caso do nosso aqui  no Brasil.

Estamos desde Março, mais precisamente, dia 22 em quarentena aqui no Estado de SP, decreto do governador João Dória, que vamos e convenhamos, com suas estripulias e gosto midiático, está fazendo história.

Quarentena, confinamento, Lockdwn , antecipação de feriados, e tudo mais que se possa arrumar para coibir as pessoas de transitarem e disseminarem o vírus Corona e com isso aumentar a busca por leitos hospitalares, o que claro, causa estrangulamento do setor, que sempre foi falho e incapaz de atender a mínima demanda.

Nem sei o que mais vem por aí, só sei que sempre que o Governador tira um "coelho da cartola", para num truque de mágica conter o que foi alardeado lá trás, em tempos de carnaval tropical, quando ninguém, mas digo mesmo, ninguém, queria ouvir falar ou citar algo sobre um fechamento de fronteiras e manter isolamento, afinal carnaval não é só diversão, é também muita arrecadação. Enfim, passou o carnaval e estamos aqui, reféns dos ditos e atos do alcaide. Vamos seguindo. Tem mais coisa por vir, aguardemos as próximas coletivas de imprensa e todo assédio e pressão que se faz em cima dos políticos de um modo geral.

No mais, poucas pessoas a fim de interagir presencialmente, outras um pouco mais atiradas são rechaçadas em suas atitudes e vamos nos conformando com o medo instalado e o pânico provocado.
Continua como antes, o comércio sente a pancada do Corona e o despreparo das ações governamentais. Que o futuro nos seja brando e mais suave, o que visto daqui de cima, da tempestade formada, fica difícil preconizar.

Fim do registro.

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