Pular para o conteúdo principal

Imprevisibilidade e o mal da idade




Li em algum lugar, nem sei se era um poema, uma biografia ou narrativa jornalística, que um dos indicadores que estamos envelhecendo, é prestar atenção e querer se informar das condições metereologicas antes de sair de casa. Não sei se tem fundamento cientifico ou empírico,mas baseando na minha experiência, creio que faz sentido. Eu sou aquela pessoa que precisa saber de antemão de vai chover ou não... não costumo carregar as populares "sombrinhas", ou capas, então como não dirijo e faço tudo a pé e com transporte público, me vejo fragilizada numa chuva ou mudança drástica de clima. Aqui em São Paulo, devido a urbanização e verticalização do concreto, as chuvas provocam alagamentos e transtornos, mas fora isto, tem o inconveniente de ficar 'encharcada", e resfriada. Deve ser mal da idade.

Para mim, acho que pessoas que lidam mal com as imprevisibilidades, como eu, são assim, e nada tem a  ver com TOC ou alguns distúrbios psicológicos, são manias que adquirimos durante a vida e que amealhadas à experiências diversas, vão se cristalizando e tornando mais "segura" a caminhada diária, afinal quem não gosta de se precaver? Se assim, não fosse, as seguradoras não lucrariam tanto com pessoas que estão em busca de seguros e planos de previdências, auxilio funeral e tantos seguros, que tem por finalidade evitar o caos que provocam as temíveis e inevitáveis imprevisibilidades a que todos estamos sujeitos.

Por hoje, já vi a previsão, tem riscos de chuvas no período da tarde, em estarei no caótico circuito de concreto armado de Sampa, onde algo  não previsível pode estragar seu dia e seu humor. Com a cara e a coragem e munida com alguns apetrechos lá vou, com minha dificuldade de lidar com a imprevisibilidade, porém fazendo o dia valer a pena e ser produtivo, mesmo com as tais previsões.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher; nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Lilian

Uma coisa é fato, quando se tem alguém na família esperando bebê ou uma amiga nesta fase, a primeira pergunta que se faz é sobre o sexo da criança, e logo em seguida, a mais comum de todas, já escolheu o nome? Houve uma época, em que não se tinha muita preocupação com nomes próprios, escolhendo o básico de acordo com a cultura local, hierarquia familiar ou conceitos religiosos. Assim foi na minha família pelo lado paterno, onde os nomes seguiram uma questão alfabética e também respeitando as homenagens a antepassados. (Antonio, Alice, Alfredo e Isaura), e assim não fugindo muito ao preconizado na época para nomear os bebês. Nas gerações posteriores, na minha família, claro, houve mudanças, pois com o conhecimento de outras culturas e a leitura de livros sobre o tema e mais recentemente, a busca no site de nomes próprios, há uma mescla de nomes de origem norte-americana, francesa e até misturaram nomes com radicais indígenas, para criar algo específico para a criança ab...

Diário de bordo

   O mês de maio avança no calendário, e temos noticias daqui e do outro lado. Em terra "brasilis" perdemos o expoente do espiritismo, Divaldo Franco, partiu para o mundo espiritual num dia 13 de maio, vitima de complicações advindas de uma doença no trato urinário, e pese o fato de ser um pessoa de idade avançada, 98 anos. Divaldo semeou a fraternidade e comunhão como poucos, se dedicou mais de sete décadas ao estudo e disseminação do espiritismo, atendendo pessoas em situação de conflitos, outras com problemas físicos e psíquicos, além de marcar por onde passava com seu carisma a máxima da doutrina espirita, sem caridade não há salvação. Foi exemplar na sua conduta e postura com o ensinamento.   Tivemos outros fatos marcantes, como a eleição do substituto do Papa Francisco, agora um Papa norte americano, com  vivência na América do Sul, por mais de três décadas, mais precisamente no Peru. Robert Francis Prevost, agora é Papa Leão XIV, nome escolhido por suceder Leã...