Pular para o conteúdo principal

Pé direito



Convenhamos que nem sempre estamos num bom dia. Tem aqueles dias que melhor é não sair da cama, e esperar o dia seguinte, mas a vida impõe o contínuo passar do tempo, então este foi um deles.

Ao acordar me dou conta que choveu a noite toda, a abençoada e profícua chuva, que tanto nos faz falta, mas em excesso também, torna-se prejudicial e dependendo do local onde se mora – pronto, instalou-se o caos! – haja paciência para sair de casa.

Chuva, trânsito, atraso nos horários e toda má sorte de empecilhos que advém de uma cidade, onde o concreto impera.
Andar de guarda-chuva nestes dias é um transtorno sem fim, você desvia de um aqui, de outro ali, e acaba levando uma cutucada, do guarda-chuva alheio, isto quando não fica encharcada, pois dependendo do volume de chuva, esqueça-o e vá  na chuva mesmo.

Nas avenidas o volume de água causa verdadeiras corredeiras, sendo que não tem como escoar toda água, pois bueiros ficam atolados, e não dão conta do volume pluviométrico que incide sobre a cidade. O que acaba causando ao transeunte, alguns aborrecimentos, digo por mim, pois nada pior que você estar andando ou esperando o semáforo fechar, e levar uma esguichada de água, azedando de vez seu dia.

Relatórios e planilhas a serem entregues, e como o sistema de telefonia e internet fica um pouco a desejar aqui na região, resulta em serviço acumulado e muita chateação para justificar o atraso. E tem gente que acha que é só clicar, e pronto o computador faz tudo, não conhece o outro lado da mesa de trabalho.



No decorrer do dia, a chuva amenizou, e há coisas que precisam ser feitas, ir ao banco parece fácil com a internet, mas ainda há situações em que o atendimento presencial é primordial, e lá se pega senha, aguarda a chamada, e quando um funcionário gentilmente informa: - Caiu o sistema - mas como, estava funcionando até agora! Mas assim o é, estava e parou, e quem quiser aguardar fique, quem não puder ou não quiser, que volte amanhã. Desperdício de tempo.

Fim do dia, sem muita sorte, chegar a casa e ver o que espera, e nada dá pra ver, pois devido à tempestade que assolou a cidade, ficamos sem energia elétrica, escuridão total...

Enfim, tem mesmo aqueles dias que se iniciam com uma perspectiva de dar errado, e vai por mim, certamente darão, Murphy sabia o que falava.
No dia seguinte, levantarei com o pé direito ou dormir com um pé de coelho embaixo do travesseiro, quem sabe assim, o azar resolva fincar morada em outro lugar.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher; nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Lilian

Uma coisa é fato, quando se tem alguém na família esperando bebê ou uma amiga nesta fase, a primeira pergunta que se faz é sobre o sexo da criança, e logo em seguida, a mais comum de todas, já escolheu o nome? Houve uma época, em que não se tinha muita preocupação com nomes próprios, escolhendo o básico de acordo com a cultura local, hierarquia familiar ou conceitos religiosos. Assim foi na minha família pelo lado paterno, onde os nomes seguiram uma questão alfabética e também respeitando as homenagens a antepassados. (Antonio, Alice, Alfredo e Isaura), e assim não fugindo muito ao preconizado na época para nomear os bebês. Nas gerações posteriores, na minha família, claro, houve mudanças, pois com o conhecimento de outras culturas e a leitura de livros sobre o tema e mais recentemente, a busca no site de nomes próprios, há uma mescla de nomes de origem norte-americana, francesa e até misturaram nomes com radicais indígenas, para criar algo específico para a criança ab...

Diário de bordo

   O mês de maio avança no calendário, e temos noticias daqui e do outro lado. Em terra "brasilis" perdemos o expoente do espiritismo, Divaldo Franco, partiu para o mundo espiritual num dia 13 de maio, vitima de complicações advindas de uma doença no trato urinário, e pese o fato de ser um pessoa de idade avançada, 98 anos. Divaldo semeou a fraternidade e comunhão como poucos, se dedicou mais de sete décadas ao estudo e disseminação do espiritismo, atendendo pessoas em situação de conflitos, outras com problemas físicos e psíquicos, além de marcar por onde passava com seu carisma a máxima da doutrina espirita, sem caridade não há salvação. Foi exemplar na sua conduta e postura com o ensinamento.   Tivemos outros fatos marcantes, como a eleição do substituto do Papa Francisco, agora um Papa norte americano, com  vivência na América do Sul, por mais de três décadas, mais precisamente no Peru. Robert Francis Prevost, agora é Papa Leão XIV, nome escolhido por suceder Leã...