Pular para o conteúdo principal

Dostoiévski me corrigiu!



Enveredei dias desses por uma leitura do escritor  Dostoiévski, o livro em questão é o clássico Os irmãos Karamázov, então lendo suas páginas em linguagem extremamente cuidadosa e analítica, eis que me deparo com algo que me toma de Supetão. Fica a pergunta como uma obra prima pode ter relação com uma recantista,abaixo da linha do Equador? Explico: Fiz um poema, que está aqui no RL, chamado o Invasor, nele preciso foi um palavra para demonstrar algo inesperado e súbito, numa linguagem simples, então coloquei Sopetão, isso mesmo, grafei errado a palavra, ficou lá no poema citado, teve suas visualizações e comentários, mas ninguém fez menção ao erro gráfico, talvez por constrangimento, ou pensar que eu não iria publicar, se houvesse uma correção ao poema.Nada disso, passou batido mesmo, não segui os conselhos do mestre Drummond e a grafia ficou errada.

Assim, em um capítulo da obra do pensador russo, essa palavrinha Supetão apareceu , eu contei, 5 vezes, presumi, levada pela minha intuição que não era gratuito, fui lá e corrigi o dito poeminha.Tudo tem sua razão de ser, eu acredito nisso, para mim não existe coincidência.

Pensarão alguns, oras que diferença faz corrigir um texto, que já lido e relido, e ficará perdido nas grandes malhas da Net, sim talvez nenhuma, mas por amor à Língua Portuguesa e pela valorização do que é certo, por que não consertar e se redimir.

Claro, há um detalhe, que não pode escapar de jeito nenhum, a obra original está em língua russa, então, dependeu de um tradutor, por conseguinte, quem me salvou do " mico" foi o tradutor Paulo Bezerra, que é fluente no idioma russo, sendo docente na Universidade Fluminense. Prata da casa.

Então, poema corrigido, tradutor parabenizado,leitores esclarecidos ,o nobre pensador russo,Dostoiévski, mais uma vez cumpriu seu  papel, trouxe mais cultura para uma simples leitora.

Comentários

Ele não ensinou só a você. Ensinou a mim também. Tinha visto ontem esse poema - Invasor - e notara que a palavra estava (na minha vã ignorância) escrita de forma equivocada. Até pensei em escrever pra você alertando-a sobre o fato mas, deixei pra lá.

Qual não é minha surpresa agora, ao ler o artigo sobre Dostoievsky, a quem admiro muito e cujo livro também tive o prazer de ler, e vejo você escrever a palavra sopetão e dizer que ela está grafada errada. Fiquei sem entender. Onde está o erro meu Deus? Pensei com meus botões.

Fui consultar o "pai dos burros" e, qual não foi minha surpresa, quando descobri que a palavra correta é supetão e não sopetão?

Vivendo e aprendendo. Muito grato pela lição. Foi enriquecedora.
Abraços.

Visite o Blog Verdades de um Ser.

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...