O amor e o poema






O amor pode acontecer sutilmente
Sem pressa e sem sofrimento
Enlaça o ser no seu doce encantamento

O poema vem solto, à revelia
Voa livre nas asas da inspiração
Não admite um freio, nem guia

O amor, tão festejado e aclamado nos poemas
Não traz consigo a almejada felicidade
Quando vem escrito na esteira da inverdade

O poema nasce ali, no seio dos sentimentos
Expondo a dor, a alegria e a desilusão
Nem sempre é original, mas é a voz do coração

O amor quando é autêntico e verdadeiro
Não requer justificativa e nem escusas
É cristalino desde o início ao dia derradeiro

O poema registra em suas linhas
Muitas dores, abrindo certas feridas
Quando resgata emoções há tempos contidas

O amor pode ser breve ou eterno
Jamais duvidoso, parcial ou desleal
Só florescerá se sua essência for natural

O poema tem um começo e um fim
Encerra uma aventura poética do coração
Fala de amor, mas também de desilusão

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