Lilian




Uma coisa é fato, quando se tem alguém na família esperando bebê ou uma amiga nesta fase, a primeira pergunta que se faz é sobre o sexo da criança, e logo em seguida, a mais comum de todas, já escolheu o nome?

Houve uma época, em que não se tinha muita preocupação com nomes próprios, escolhendo o básico de acordo com a cultura local, hierarquia familiar ou conceitos religiosos. Assim foi na minha família pelo lado paterno, onde os nomes seguiram uma questão alfabética e também respeitando as homenagens a antepassados. (Antonio, Alice, Alfredo e Isaura), e assim não fugindo muito ao preconizado na época para nomear os bebês.

Nas gerações posteriores, na minha família, claro, houve mudanças, pois com o conhecimento de outras culturas e a leitura de livros sobre o tema e mais recentemente, a busca no site de nomes próprios, há uma mescla de nomes de origem norte-americana, francesa e até misturaram nomes com radicais indígenas, para criar algo específico para a criança abençoada.

Tem casos de algumas pessoas que conheço que se sentem desconfortáveis com seus nomes, não é meu caso, pois quando estava sendo gestada - segundo consta a lenda -, meus pais fizeram um acordo tácito que o primeiro filho, meu pai nomearia e o segundo seria incumbência de mamãe. Assim foi como não tinha o tal ultrassom na época, minha mãe soube que era menina, através destas predições antigas do formato da barriga e coisa e tal, e dito e feito, munido de tal informação, papai se aventurou na escolha do nome, e ainda ficou na dúvida, pois fã da cantora Ângela Maria, queria que eu fosse privilegiada com nome tão conceituado no meio artístico, mas se afeiçoou, candidamente, pelo nome Lilian, que então soubera pela existência de uma garotinha filha de pessoas da classe abastada de SP, chamada Lilian Rose. E não deu outra, quando nasci, a dúvida se dissipou e ficou Lílian, e sou eternamente agradecida pela escolha.

Não me vejo com outro nome, sei lá, tenho uma simpatia por Cecília, mas gosto do meu nome, e pra quem me conhece fora do recanto, sabe que tenho um segundo nome, sendo Fátima, que também, acho muito bonito, então nada tenho a reclamar, e sei que há casos esdrúxulos de nomes por aí, sendo uns até motivo de chacotas, mas eu gosto e acho que o significado (nome tem significado), tem tudo a ver comigo, ou eu incorporei totalmente a essência do nome, ou o nome caiu-me como uma luva.

Portanto, em matéria de nome, não reclamo não, gosto e se fosse para mudar não conseguiria achar outro de que goste tanto, e nem mesmo aqueles nomes pomposos ou nomes fortes, que indiquem uma pessoa destemida e implacável, como muitos gostariam de ser chamados, para fortalecer uma imagem que está longe daquilo que são de fato. Também, há os que não gostam devido a pronúncia ou algo que lembre uma personalidade com a qual não simpatizem, mas como não podemos escolher, aposta-se na sorte ou no senso crítico daqueles que nos nomeiam, então, resta apenas, assimilar a herança. 

2 comentários:

Alberto Valença Lima disse...

Gostei do seu texto viu? Fiquei feliz de te conhecer mais um pouquinho. E você me deu uma boa idéia pra eu escrever no meu blog. A história dos nomes na minha família é bem interessante. Depois, daqui a um tempo, passe lá pra conferir OK? Creio que você também vá gostar. Abraços e bem finalzinho de Carnaval.

Visite o meu blog Verdades de um Ser.

Lilian disse...

Olá poeta

Fico feliz que tenha vindo aqui e vou acessar seu blog.

Muito obrigada

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