Muitos já ouviram ou leram
sobre pessoas acometidas do Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido como
TOC. Este transtorno mental que dificulta a vida das pessoas é muito recorrente
em consultórios de Psicologia e médicos, demandando terapêuticas apropriadas ao
caso, com suporte psicológico e se houver algum sintoma muito forte que
impossibilite a pessoa de se conviver harmonicamente seu contexto
social/familiar/afetivo, deve-se fazer uso de medicação para controlar
ansiedade e evitar crises de pânico.
A causa do TOC pode ser
neurobiológica ou genética, onde um “gatilho” ambiental pode desencadear as
crises, devido a alteração nos neurotransmissores.
Segundo o DSM V (APA, 2022) Estabelece
critérios para o diagnóstico do Transtorno Obsessivo Compulsivo, que são eles:
*Obsessões: pensamentos invasivos recorrentes que provocam
medo e ansiedade);
* Compulsões :comportamentos
repetitivos emitidos como resposta a obsessão.
O indivíduo com TOC tem pensamentos intrusivos
e diante desses, a pessoa sente uma
ameaça, por isso modifica comportamentos de forma até esdruxulas, como aquela
pessoa que teme ser contaminada, e está sempre lavando as mãos e vira obsessão,
pois há casos que a pessoa, lava muitas vezes
e mesmo assim não se sente segura; usando produtos químicos agressivos a
pele, e luvas para tarefa rotineiras, mas o pensamento de ser contaminada é gigante
na sua mente, então monta uma arsenal de guerra contra os micróbios e
bactérias, e assim crê estar salva do perigo. Há muitos outros casos de TOC,
como o de pessoas que não pisam nos riscos do piso; outros de alimentação tendo
todo um ritual com os alimentos, preparo e até na hora se servir; pessoas que são
tidas como sistemáticas, podem sofrer de TOC, pois verificam várias vezes se a porta,
torneira, janelas estão devidamente fechadas e, ficam em sobressalto se algo
foge do seu “padrão” pois tudo para elas é um ritual. Elas adotam um
comportamento metódico e ritualizado justamente por temer uma ameaça externa.
O portador de TOC precisa ser
entendido na sua demanda no consultório, e tratar um paciente assim pode ser
difícil, pois além de manter a relação de confiança o profissional precisa
lidar com embates diversos do paciente com o contexto estrutural e ambiente, o
que pode levar tempo, e se não tiver ajuda, o paciente pode desenvolver comportamento
bipolar ou depressão grave por sentir se “fora dos padrões” e não conseguir
adequar-se, então isola-se, o que dificulta muito os atendimentos.
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