Quando vivemos dias tumultuados e nos sentimos sem forças e achando que nada mais vai rolar, parece que a nostalgia vem pregar uma peça e mostrar como foi bom aqueles tempos. Digo isso, por estar passando um momento conturbado e diante dos fatos, fiquei achando que a dona "ceifadora" está mesmo ali na porta, fazendo as honras da casa (Que Deus me conceda tempo e mais ânimo para escrever sobre esses eventos). Voltando ao assunto nostalgia, eu mesma fiquei a pensar em muitas coisas e fiz aquela reflexão básica, num piscar de olhos tudo passa, tudo pode mudar. Verdade! Estamos aqui e num piscar de olhos não mais. Estamos amando e num piscar de olhos, tudo some. Estamos comemorando e num piscar de olhos tudo se torna enevoado e turvo.
A vida é assim, em um átimo de segundo tudo se altera e aquilo que se planejou ou sonhou, não mais. Todos aqueles doces que você dizia que iria fazer, não haverá mais nada. Os lugares que gostaria de conhecer, sem nenhum registro. Tudo fica por conta do vazio. A minha nostalgia me trouxe essas reflexões pois fui lembrando de fatos antigos, como o primeiro gato que tive. A primeira aula, uma música que dancei numa festa. Enfim, nostalgia é coisa boa, mas quando vem num após um episódio assim, de tensão e que traz a mensagem que a vida é frágil e portanto num piscar de olhos tudo muda. Prefiro que a mudança seja feita com ações mais focadas na reestruturação do ser diante do movimento da vida e seus desafios.
Para contrapor tal impressão que possa ficar com esse pensamento, refaço o enredo. Num piscar de olhos, uma borboleta sobrevoa nossa cabeça e elegantemente, pousa. Num piscar de olhos, um gracioso colibri sassarica aqui e ali no jardim, onde um camélia que está a sua espera se abre todo formosa e convidativa. Num piscar de olhos água de um rio passa e nunca será a mesma. Num piscar de olhos, uma mosca voa, um sino soa, uma voz ecoa, um sorriso afaga e um beijo perdoa.
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