Voracidade

Perambulo nos arredores da cidade

deixo me levar pelos sentidos em polvorosa

perco nos desvios da implacável razão

Amante de um contexto impróprio 

Minha alma é toda intensidade

coração forrado no veludo

quente e acolhedor fica oco

sem o carinho de quem se diz amor

Sou um ser prenhe de desejos inconfessos 

No desvario das realização, tive tropeços

agora encontro me entregue

a essa intensa e ardente vontade

louco de saudades

Corpo e alma numa inquietude insana

Negando o que vem de forma profana

desarmando os gatilhos dessa voracidade

Poesia n 109 do ano de 2024