Gracejos



Confesso que saudades tenho

daqueles tempos de menina

quando desprovida de malicia

na escola, gracejos recebia


Era diferente do que se vê

Tudo muito gracioso e gentil

Meninos e meninas paqueradores

Tetando ali, crias laços promissores


Um dia, um papel de bala

um recadinho do menino ao lado

outra vez na quadra de esportes

uma olhada atrevida para meu shorts


saudades da época da ingenuidade

quando éramos felizes, boa mocidade

se naquela fase eu te conchecesse

teríamos muitos gracejos e chamegos


Hoje ouço aqui e ali, alguns elogios

o tempo castiga e  a gente perde o viço

o que mais me apetece nesse momento

é ter um beijo teu depois do gracejo


Eram sempre gracejos pueris 

sem nada dessa abusiva tentação

hoje em dia elas, tão cheias de si

provocantes cheias de sedução




Poesia n 121 do ano de 2024



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