Uma questão que sempre vem à baila, é se a Arte se aproveita da realidade e assim, cria em suas vertentes algo analítico, reflexivo e construtivo, ou se a realidade imita a arte, e, leva para a vida do cotidiano, o que a na tela e nas páginas, é produto da mente fértil e criativa de muitos roteiristas e escritores; alguns, sabemos, são até meio tresloucados no que constroem como roteiros, mas o ser humano tem seu lado sombra, onde essas percepções fúnebres e tenebrosas, circulam, livremente.
Eu quando criança assistia um filme quando minha mãe assim queria, pois fazia a ela companhia, era um enredo tristonho e desabonador da vida onde o preconceito impera. O filme era veiculado com o nome de Imitação da vida, provavelmente, existe em arquivos filmográficos, e neste filme uma moço sentia "vergonha" da mãe ser negra e empregada de uma casa de pessoas brancas e ricas, lembro que minha mães chorava, parece-me pelo pouco que sei de sua história de vida, que ela sofreu algo parecido, mas de viés invertido, enfim, voltando ao assunto, a arte imita a a vida ou os fatos são representações do que absorvemos e assim, impomos no cotidiano?
Oscar Wilde colocou muito bem sua impressão e percepção da Neblina, onde expressa que ela sempre existiu, mas a partir do momento em que poeta á ela atribui tal presença, passou a ser referência do viver na Londres de antigamente. Tudo então seria uma mera questão de percepção?!
Eu me baseio para escrever em coisas da natureza, simbologia dos sentimentos, que são expressados, nem sempre de forma explicita e sonhos (oníricos) que fazem a minha demanda pessoal, claro, tem coisas e temas que pego de um filme, um livro, uma poesia, mas em grande parte me aproprio do que a realidade me traz, e não sou artista, apenas entusiasta pelo vejo e sinto. Aqui, apenas, mais um de meus ensaios sobre a percepção.
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