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De cara comigo mesma

Esses dias fiz um texto falando sobre os atalhos e como eu não consigo  deles me apropriar de forma constante, mas sempre tem casos que usamos os atalhos, sejam virtuais ou não. Estava eu numa rua, e para acessar a rua do lado oposto, há uma loja de departamentos que dá acesso as duas avenidas, e a fim de encurtar o caminho, lá fui eu, munida de pressa, já que estava com o horário apertado do coletivo que pego para voltar à casa; nessa incursão na loja de departamento, entrei e me esgueirei entre roupas coloridas penduradas, sugestivamente, nas araras; sapatos nas prateleiras, contornei um balcão e nesta passagem , pasmem: dei de cara comigo mesma! Uma imagem não muito agradável, visto que, estava apressada, como já foi dito, e vi no reflexo do espelho ali disposto, a imagem refletida. Descabelada, desarrumada e desconcertada, por me deparar comigo mesma, inesperadamente. Parei e olhei, por instantes, e vi que a realidade é mesmo imperiosa, por mais que tentemos driblar, lá está ela no reflexo a nos mostrar o que o somos sem filtros e sem toda roupagem de maquiagem e adereços. Claro, nada de terrível nisso, afinal quando não estamos posando para fotos e fazendo caras e bocas, maquiadas  devidamente, penteadas; empinando a bunda e fazendo biquinho para a selfie, a nossa aparência é bem diferente, mesmo. Com a a palavra as modelos, atrizes e outras "starlets" do momento, quando saem da cama, sem se arrumar, rrsssssss

Enfim, depois de espantada comigo mesma, segui  meu caminho, que já estava bem á frente, e fui sem mais me preocupar com os reflexos daquele espelho, imperioso e realista . Afinal, a vida segue sem esses artifícios, só sendo usados para os que precisam da imagem para se destacar, no meu caso, fiquei até feliz como me vi. Simples, assim!

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