Vou aqui discorrer sobre uma atividade
que não é aclamada, porém é útil e árdua
E dela, pouco, ainda se fala
Cuidar do lar é uma devoção
Houve uma época em que meninas
tinham essa demanda como obrigação
Para isso, eram criadas e educadas
A sociedade se modernizou
Ainda que resistam velhos costumes
As garotas de hoje, tem mais opção.
Cuidar do lar era ser dedicada e zelosa
Diante da mudança comportamental
"Do lar" virou atividade laboral
Que requer muitas habilidades
Tantos serviços e tempo escasso
Para dar conta do recado.
A doméstica acorda cedo
Para por conseguir dar conta de tudo
Garantindo o seu sustento e da família
Lava a louça, tira o lixo, varre o chão
Dá brilho nos cristais e limpa janelas
persianas, cortinas e dá brilho nas panelas
Algumas lavam e passam, também
Tempos difíceis, emprego escasso
Assumem várias tarefas,
mesmo não ganhando bem.
A jornada se torna mais pesada
quando se tem filhos pequenos
e tem que dar conta dos afazeres
e também dos rebentos
Se for diarista, folguista ou mensalista
Assume os trabalhos externos
e no seu lar, ainda se põe a trabalhar
Eu que sou de outra geração
Também tive resquícios daquela educação
Aprendi, desde cedo, a cuidar do lar
e ser uma mulher prática e cuidadora
Por isso, não me assusta o cotidiano
dessa valente trabalhadora.
Sei que já temos filmes e músicas
com o tema em questão
e algumas e fortuitas homenagens
embora tímidas, merecidíssimas!
Mas, vi que no meu arquivo
faltava a doméstica, uma menção
Saúdo através desta singela poética
o valor e a utilidade de seus préstimos
Que atendem a diversos estilos e pedidos
se adequando ao ambiente familiar,
quando não, no seu lar, fazendo assim
a vida de todos, melhorar.
Saudações minhas, trabalhadoras do lar!
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