Através dos meandros de sua dor
Vislumbras tênues raios de luz
Que, como espectros, vem a ti
Lampejos, flashes, vestígios
Que te guiam
Que te cegam
Desfigurando a imagem
Sobreposta que sua sombra
Projeta ao redor...
Há em ti
Algo que não ousas sentir
Que se insere no teu mundo
E tu, com essa blindagem
Não deixa emergir
Fica proibido enfim!
Trôpego nessa tortuosa ambivalência
Clamas por afeto
Enquanto esbofeteia o arauto
Incutindo a ele o espólio de sua
Obscura e frágil existência
Olho para ti
E tomo para mim, esse teu sofrer
Como poderia minha poesia
Te alcançar e te ajudar,
Nesse duelo intenso
Que travas consigo mesmo,
E a angústia e o teu medo combater?
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