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"Olhai os lírios do campo e mais"

 Esses dias peguei para ler um livro bem conhecido e até antigo, de Érico Veríssimo, Olhai os lírios do campo. Não irei aqui fazer resenha, pois como se trata de um romance bem conhecido, muitos sabem o enredo. O que me chamou a atenção foi a proposta do escritor, de fazer uma história romanceada ambientada nos anos da segunda guerra mundial, pois tem diálogos acerca de personagens históricos (Hitler, Mussolini ,etc). Tomei gosto pela leitura de tal narrativa onde um casal com ideais  distintos, mas tendo um sentir que os unia, foi tema central. Muitas vezes, me comovi com os protagonistas e suas percepções de mundo, parecia que o autor falava comigo. Isto é o que o chamo de  "adentrar o mundo do autor", literalmente.

Durante essa pandemia li alguns livros, não vou dizer que fui um ávida leitora, alguns sim, pelo que me lembro, li as Crônicas do gelo e do fogo, os cinco volumes; Dramas da paixão, um romance espírita; Contos de Tchekhov que são maravilhosos, Dom Quixote, alguns livros pequenos de Coaching e motivação pessoal, além de revistas e jornais aleatoriamente. Neste ponto sou privilegiada, pois disponho de um tempo pela manhã que me propicia esse encontro com a leitura.

Sobre o livro acima citado, de Veríssimo, creio que ele foi muito feliz em conduzir a narrativa romântica com inserções filosóficas, apontamentos religiosos e  ainda fazer "escaneamento" psicanalítico em seus personagens, de modo construtivo e real.

Bom, o que interessa de tudo, é que a leitura é sempre producente, seja ela qual for, claro, tem textos muito pobres e que dão um nó na cabeça do leitor, mas de qualquer forma, vale sempre o ato de ler.



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