A rua

 

Havia uma estrada que levava aqueles arredores, que eram pouco habitados. na verdade, no final da rua de terra batida, tinha somente um casebre velho, e  uma antiga figueira, que estava ali desde tempos passados , e umas três árvores que tentavam ornar a passagem, triste e abandonada daquela ruazinha. Naquela região, era tido como uma rua " morta", que não despertava interesse aos moradores. 

A rua não era longa e nem curta, tinha uma extensão considerável a um quarto de hora de caminhada.  Em seu entorno via se alguns arbustos sem flores, dependendo da estação.  Na primavera uns flores miúdas tentavam dar um aspecto de alegria na velha estradinha de terra batida que se seguia ao longo do percurso depois do casebre lá do começo.

Durante o dia, alguns moleques andavam por ali, a fazer umas arruaças escondidos das mães;  já durante a noite era erma de tudo. Escura e abandonada, sem aspecto que indicasse que a rua um dia, lá  em tempos idos, fosse trajeto de alguns camponeses para a região, onde buscavam melhoria de vida. O lugarejo não progrediu, os camponeses, muitos, desistiram; outros morreram e a rua ficou esquecida, sem nome, sem marcas, sem lembranças, apenas a velha figueira indicava, aos forasteiros, que ali uma rua, havia.



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