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Mostrando postagens de abril, 2021

Era para ser uma frase

Com feriados, datas históricas aniversários de famosos e dos anônimos preciosos Abril vai saindo pela porta Trouxe um suave perfume das belas flores outonais manteve como de costume expectativa do sempre mais Eis, que surge na entrada O mês tipicamente feminino Dias das mães e mês das noivas Amor e devoção, puro eufemismo! Que leve as dores sentidas de vidas que foram atingidas Deixando como sua marca A fé no viver que nos abarca   Nota:   Era para ser uma frase, mas foi crescendo e teimando em ser poesia.     

De cor

Esses dias me peguei lembrando que sempre fui boa em "decorar", frases, músicas e pequenos textos, tais como poemas, citações, etc. Mas aí, algo me deixou chateada e aborrecida comigo mesma...oras, eu que já escrevi um milhar de textos (em torno de 1400), não me lembro de nenhum meu, assim de cor e salteado, como era na época escolar com as temíveis tabuadas e o verbos, que na verdade eu gostava.  Até hoje, só sei de cor uma poesia que aprendi num livro de ginásio (antigamente era assim denominado o ciclo fundamental), intitulada contemplo o lago mudo de Fernando Pessoa, fora esse, nenhum outro, poema, poesia ou mesmo frase de afirmação, apenas provérbios  que é algo muito popular e fica registrado de modo atemporal e canções antigas, que ficam impregnadas mente e vem com a força emotiva das letras, ao meu olhar e contexto significativas, algo bem subjetivo. Tentei forçar a mente a fim de lembrar de uma poesia minha "decorada" e nada...frustração, e olhe que tem boa...

Alívio

 Uma panela de pressão precisa de uma válvula de escape para aliviar a pressão que vem do seu interior; uma represa precisa de um certo veio, tênue e corrediço para não deixar que a tal represa transborde ou rompa com a força das águas; um organismo vivo precisa estar sadio, física, mentalmente e emocionalmente, além de uma boa interação ambiental, caso contrário, ocorrem dores, conflitos, desgastes e toda sorte de mazelas que atacam o corpo humano, e para tal finalidade, buscamos alívio na medicação, fisioterapia, psicoterapia, religião e tantas outras intervenções medicamentosas ou não, sendo que a finalidade é a mesma, encontrar um alívio para o corpo, alma e coração .  O peso dos dias, meses e anos vai ficar evidente à medida que vamos avançando na idade e parando então para refletir sobre uns ganhos, algumas perdas e umas tantas ilusões criadas ao longo da vida, o que vai de alguma forma, saturando os momentos vividos, causando um certo fastio ou tédio. Tal qual uma grand...

Insolência

Insolente e brincalhão é o destino Nos joga nas tramas dos sonhos, quando meninos e traz a desventuras dos sonhos perdidos, nos anos advindos.

Esse mundo

As flores ainda embelezam o mundo apesar dos sofrimentos sentidos. A abelha ainda poliniza a flor mesmo com sua espécie fadada a extinção. O sol continua a brilhar ainda que nuvens esparsas tornem o dia frio e opaco. A música perdura nas notas do viver mesmo que ainda, tapemos os ouvidos  para nada ouvirmos. A noite vem soberana e hipnotizante, ainda que evitemos adormecer, ou receosos, tentemos nos sonhos não mergulhar. A natureza insiste e desafia a todo instante um resfolegar de vida, ainda que teimemos em desacreditar. Esse movimento de persistência e resistência é próprio da natureza do existir; diante da aridez ou da eminente caducidade, se mostra fértil, leve e poderoso. Enfim, num ciclo infindável de avanços, obstáculos, peregrinação e transformação a vida segue seu rito, mágico, simbólico e sempre altivo.

Versos elípticos

Vive o ser em tortura aquele que ama em segredo Por amor faz loucuras a fim de mudar tal enredo. O amor é mesmo um feitiço daqueles que atordoa Depois de instalado no peito Nesse mundo figurativo a gente dele, destoa. Em sonho pedi um ser enamorado Agora, acordada vivo o sonho sonhado

Romanceada

                                        Fragrâncias perfumadas da tarde Ali, o mar, e eu aqui a sonhar  Nós dois e  o arrebol, um desejo que arde Fecho os olhos e peço ao vento, para ti, um beijo meu levar. 

Diário de bordo

Lá se vão vinte e sete dias do mês de abril de 2021 e, seguindo com ele alguns desfechos nada bons. Vê-se ainda crescente o caos instalado no combate ao Covid19,o que rende notícias tristes de pesar. Fora, esse vírus ainda lidamos com outros mazelas e doenças que afligem a humanidade, eu tinha três pessoas conhecidas hospitalizadas, e uma só estava internada devido ao Covid19, mas veio óbito nessa madrugada. As outras duas ainda, permanecem em tratamento hospitalar sendo que o quadro de ambas, inspira cuidados. O porvir está sendo mesmo um tanto temeroso, pois não sabemos se um ente querido ou nós mesmos ,seremos acometidos de alguma enfermidade, o que vemos agora nesse momento sensível, é a frágil linha entre vida e morte sendo testada a todo tempo. Com pesar pelos que se foram, independente da forma como  foi a passagem e pela intenção de recuperação dos que se encontram enfermos e hospitalizados meus sentimentos e  minha oração. Fim do registro.

Aldravias

 poesia instiga emoções leitor sensível transborda tempos pandêmicos satura haverá tal cura?   observadores alheios ignoram contexto marionetes triste realidade!  

Uma rapidinha no elevador

  Um dia quente e corrido como todos os outros ali na repartição.   Saí para almoçar e a tarde tudo transcorreu como a manhã,   um amontoado de papéis e códigos a digitar. No final de expediente, saí um tanto cansada, retoquei a maquiagem e fui em direção ao elevador, no corredor encontrei o Sérgio, que também estava saindo mais tarde. Ele um homem bonito, em seus 35 anos, disputado entre as colegas; sempre me dava uns acenos   e jogava charme quando nos esbarrávamos no corredor   durante o expediente, além de enviar algumas mensagens mais apelativas no meu e-mail, coisa das quais conversarmos   quando estávamos na lanchonete do prédio,   e eu sempre criava umas fantasias a respeito.   Chegamos no elevador e ele tão prestativo, já fez a chamada e me sorriu   de modo contagiante.   Eu, ali um tanto cansada, mas ainda assim pude notar seu sorriso lindo e cheio de malícia que cativa a   todas na repartição.  Depois de alguns ...

Decisão

                                      Decidi, não hei mais de vasculhar o passado Esperarei pelo momento adequado de encontrar-te e saber o que houve contigo. Ficarei silente, se quiseres comigo suas dores e desilusões um dia compartilhar Podes vir, não atirarei pedras te receberei com flores e meu coração em festa Mesmo depois de tantos contratempos Ainda tens meu amor e te darei meu alento O que nos enlaçou não era só a volúpia motivada por desejos inflamados, e sim o sentir mais profundo e único que somente o amor verdadeiro representa.

Aldravia

amanheceu outono suave reflete olhar sereno 

Suave estaçāo

  As folhas voam, o outono chegou Natureza nos brinda em sua  renovação Ao sabor do vento a árvore se desnudou Símbolo emblemático da charmosa estação Novos ares propicia mais inspiração Escrevem os poetas sobre o que mudou As folhas voam, o outono chegou Natureza nos brinda em sua renovação Um cenário bucólico aqui se emoldurou O farfalhar das folhas secas soltas no chão Misto de cor e leveza que sempre me cativou Minha alma se alegra diante dessa visão As folhas voam, o outono chegou  

Solitário

Passam as horas, silenciosamente Madrugada fria, chove lá fora E, eu aqui, tendo como companhia Um copo de vinho em frente a uma lareira. Tantos sonhos sonhei, quantas vivências! Que houve com o meu viver Por que não me sinto completo? Meu coração sempre foi volúvel Me pregou tantas peças, e eu também fui muito boêmio, me entreguei A paixões e vícios que me alegravam Momentaneamente. Aqui, a madruga silente. Eu solitário busco lembranças do que vivi Bons momentos, avidez e arrebatamento diante da vida Foram muitas aventuras onde fui senhor de tudo Agora, me pego cismado com esses instantes Coisas de um passado, que jamais voltarão Sem lisonjas a velhice me encontrou... Sempre fui um privilegiado Eu que sempre gozei de tudo que o poder pode conseguir Brinquei com o destino, hoje me vejo carente Lamentando a ausência do calor humano nessa madrugada que me deixa insone.  

Vaidosa

Crédito da imagem: Etsy (Google imagens) Em frente ao espelho a garota aprecia a bela imagem refletida. Com uma escova ajeita os cabelos soltos e anelados de um tom loiro dourado Para reavivar o olhos de um azul fulgurante, uma sombra e o rímel como toque final Nos lábios um batom coral Um vestido verde ajustado Ao corpo esguio e sedutor Bolsa e sapatos combinando Ela gosta do que vê, mas também sabe que a juventude e a beleza são passageiras Tal qual uma fragrância aromática e volátil Preenche sua alma graciosa Com as cores radiantes do dia Onde o deserto da amargura Não pode adentrar, Terá rugas na velhice, ela  bem sabe, mas ainda será uma mulher madura a se admirar.   

Salve Abril!!

Em meio a tantas atribulações Não deixemos passar em branco  Algumas datas e comemorações  Hoje, dia 19 é dia do índio  Que índio?  Aquele enganado e perseguido  Que teve suas tribos rendidas  e dizimadas...e de sua cultura  pouco restou.  Nos meus tempos de escola  Para esta data fazíamos redações  trabalhos artísticos e jograis  Hoje em dia, não mais...  Também temos ainda nesta semana  A data que marca o movimento  Da Inconfidência Mineira  Dia 21 de Abril  Brasil, terra de riquezas  Foi tão explorada pela coroa portuguesa  Uns se rebelaram, muitos contrariados  Um mártir é sempre lembrado  Tiradentes que tristemente padeceu  Deixando na história uma marca  Tenebrosa. O dia 22 marca o descobrimento do Brasil  A data, embora controversa e  se foi descobrimento ou não, isso agora  na poesia não interessa.  Fixado no calendário escolar  Também ficou esq...

Nosso amor de ontem

             Ali, nos canteiros do jardim Envolvida pelo frescor da manhã Inspirando no ar o perfume de mil flores Me pego sorrindo a toa, a toa... ao lembrar de nosso encontro romantizado Você elegante e muito educado Veio com flores e um sorriso aberto Eu, já farta de tantas cerimônias Atirei-me em seus braços, e te ofertei um beijo demorado Ficamos assim, enlaçados depois de longo tempo distante finalmente pudemos reatar nosso romance Com a promessa de ambos os lados que nunca mais ficaríamos separados O amor se fez e nos refez das amarguras advindas Depois de tantas idas e vindas das lágrimas de saudades e das palavras não entendidas. O nosso mundo serenou...a vida maravilhou. Ali, no canteiro do jardim Estava eu pela manhã a relembrar nosso amor de ontem e da felicidade com o nosso destino que trouxe você de volta para mim.

Esquisito

Era bem esquisito... Sujeito de olhar oblíquo De poucas falas e pouco riso Avesso a compromisso, mas grudento feito um vício diria eu, um tanto ambíguo. Devido aos seus enguiços Na vizinhança não era bem quisto Sempre predisposto a isto ou aquilo Para uns, era apenas um ser esquivo Outros achavam que lhe faltavam juízo No portão, a placa com aviso Cuide de ti e não me mexa comigo. Crédito da imagem: Google imagens (desenhos)

Piloto automático

Em meio ao incerto momento em que vivemos, sem muitas perspectivas do que virá e como será; envoltos em notas de falecimento  o que aumenta mais a nossa agonia, o que fazer? Temos que seguir, é certo, digo mais, é vital. Eu, de minha parte, estou desalentada com a situação, mas ainda tento contornar e manter as atividades rotineiras da melhor forma possível.  Trabalho, volto para casa, faço todo o serviço doméstico, e busco na rede ou TV algo para me distrair; difícil é, porém para manter a saúde mental e física, precisamos dispersar alguns pensamentos desse enredo triste e sombrio, e cada um tem lá seu jeito de lidar com o caos, eu ligo o piloto automático, e sigo.

Vívida

Ouço, lá fora, a ruidosa ventania Fico desencorajada a sair. Na porta, um som a ecoar... Ao abrir,  me espanto: - Era a Vida a sibilar - Encantada, convido-a comigo um café tomar Suavemente, ela adentra e ilumina o lugar Desde então, inserida na poesia, passa o dia, venturosa, a me acompanhar.

Quadras poéticas

        Sonhei que contigo fugi    Ah! Que vontade de ousar    Pegar o barco e partir     Contigo para além mar         O amor teceu o destino     Daqueles seres em oposição     Agora o badalar dos sinos     Anuncia a inusitada união    No bilhete com teor de malícia    Palavras quentes e provocativas   Sugestão de tantas delícias   Apetece a carne a leitura degustativa

Diário de bordo

Aos primeiros dias do mês de abril do ano de 2021, temos a sensação angustiante de que ainda somos reféns dessa situação desordenada e caótica, em que a pandemia nos deixou.  São tantas perguntas e dúvidas, que pairam no ar, muitas (des) informações em meio a mandos e desmandos, que a vida comum, se torna uma verdadeira "loteria" pela vida em seu limite máximo. De acordo com técnicos e cientistas que estão envolvidos nos estudos e combate ao Covid19, ainda temos um mês de muitas perdas e com caos em hospitais em busca de internações e leitos de UTIs; resumindo, as semanas que seguem são criticas no que tange ao ponto de disseminação e contaminação, por isso medidas mais severas estão sendo implantadas em cada região geográfica, de acordo com o "olhar atento" do gestor municipal e estadual.  Aqui escrevo poucas linhas, e com esperança que a vacina multiplique a expectativa de resistência a esse mal que devasta o mundo moderno. Oremos! Fim do registro.

Poesias diversas

   Causa tanto sufoco Amar te em segredo Fico quase louco Sonhando com teu beijo.  Amar assim  É complicado   Quando estou a fim  Você está sempre ocupado   Amar - te é um perigo   Preciso ser forte e atrevida   Perto de ti, corro risco  Longe, fico sem vida  Conheci-te sem querer   Quase sem querer, me envolvi   Agora que és meu bem querer     Não quero mais ficar longe de ti        

Quadrinhas da saudade

       Canção que me orienta Nas noites de solidão o cantar a dor afugenta - Vai! Desocupa esse coração!  Cai, cai chuvinha   Molha essa noite fria   Eu padeço aqui sozinha  Sem ter quem eu queria   Saudade, esse viés   Do passado da gente   Por gosto, quero o revés   Desse meu viver presente.    Fiz tantos versos afogados    De amor e de melancolia    São eles um fiel retrato    Do que na verdade eu sentia 

Cumplicidade

 

Noite de amor

Na cama arrumada com lençol de linho Meu corpo nu aguça seu olhar devorador Um olor almiscarado envolve nosso ninho Preâmbulo da nossa noite de amor. Tua masculinidade potente me atiça Aumentando ainda mais meu desejo Suas mãos quentes e atrevidas Percorrem meu corpo e me excitam Enquanto te seduzo com meus beijos Uma onda de quentura nos envolve No apogeu dos corpos entrelaçados Lá fora, a noite cálida e silenciosa Na penumbra desejos são saciados.