Moço





 

Moço! De onde vens assim tão envolvente?

Trazes em seu sorriso algo enigmático

Um querer sedutor e displicente 

Que provocas em mim esse destemor

 

Sua vinda foi algo inesperado

Chegastes nas asas do vento

Povoando meus sonhos...doce acalanto!

Enfeitiçando-me com teus encantos

 

Moço! O que pretendes de mim?

Sabes, que já deténs minha afeição

E,  não obstante crava em meu peito

A  anímica flecha do amor desregrado

 

Causas em meu viver tamanho alvoroço

Já não sei eu, se é melhor longe de ti, viver

Ou ao teu lado, compartilhar o prazer

Dualidade que arrebata o meu ser.

 

Moço!  Não me deixes assim condenada

Com essa paixão  a me assolar a alma

Sentindo o desejo como fogo a queimar

E, confusa, já que não me dizes nada!


A ti, expressei meus furtivos desejos

Ofertei meu coração naquele nosso beijo

Por isso, aqui na poesia, faço um apelo

Moço! Ama-me, mesmo que seja em segredo.






 

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