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Mostrando postagens de janeiro, 2021

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       Falta-me o ar Quando te vejo Abrasa-me o corpo este desejo Incertezas Receios d esvirtuam o ensejo Fecho os olhos... Apenas na minha imaginação Te beijo...  

Altos e baixos

Expectativas tantas temos Sobre o viver e o porvir  E o que lá na frente, seremos  Semblantes sisudos e pesados  Como carregando um fardo  Apesar da vida todo dia a nos sorrir  Há de se ter engajamento e bom humor  Para lidarmos com tantos altos e baixos

Poeta Palhaço

Eu que seguia minha vida a esmo  Levando a vida de qualquer jeito  Coração carente, alma em desalento  Um dia me deparei com um recado  um papel dobrado embaixo da porta  Onde vinha escrito o que vai abaixo  “ Moça, não chores, ilumine seu dia  Vejo -te sem graça e apagada  Assim ficarás envelhecida e encalhada  Para alegrar-te, enviarei a ti, poesias”  Por louco o anônimo recado tomei  Mas me interessei pelo que estava ali  e da maneira como, ao acaso, encontrei  Os dias se sucederam como sempre  A cada dia uma poesia alegre e diferente  eu encontrava embaixo da porta da loja  Numa letra aberta e grande, escrevia  Quadras, trovas e tercetos com esmero Que animavam meus turvos dias  A alegria e efervescência dos escritos  Sempre a mim foi muito contagiante  Tornando o meu dia mais belo e colorido  Ficava eu a imaginar, quem seria o autor  de escritos alegres e positivos...

EVA

Eva era uma moça que no auge dos seus 21 anos chamava a atenção por onde passava, nem tanto pela beleza, pois era uma beleza comum e própria da idade, mas tinha ela trazia consigo uma simpatia, um charme que despertava olhares, de olhos azuis e cabelos loiros escuros anelados, sua face rosada com algumas sardas na pele alva, eram o trunfo dessa moça que nem apesar de saber da sua graça, não abusava e por vezes, com timidez até de muitos olhares se desvencilhava. Ela que estava cursando arquitetura, gostava muito de música, passeios no parque, cinema, fazia academia, tinha gosto por flores e animais, embora sua mãe não quisesse nenhum animal em casa, devido a uma forte alergia da qual sofria, Eva se desmanchava de dengos ao ver um cachorrinho quando ia passear pelo parque, ou quando frequentava a cada de alguma amiga pegava um gatinho ou cachorro e ficava a acariciar, quando este não demonstrava animosidade. Desde os tempos do colégio, ela sempre foi tida como boa companhia, ótima amiga...

Pintura

Na face um leve sorriso Cabelos anelados e soltos Ombros nus e  provocativos Num vestido leve e florido   A moça faz ali uma pose O artista a retrata na tela Com seu ar angelical e sedutor  Esboço de uma figura tão bela   Flores adornam a pintura A luz incide sobre as cortinas Criando uma atmosfera peculiar Como um sonho a inspirar   A moça é a principal figura Que o artista, caprichoso Se pôs ali a pintar Na sensibilidade do pintor As nuances  da beleza e suavidade  Soube ele bem captar .

Fiel companhia

                     Ela que já tinha perdido          As esperanças do amor          lá no passado          Se viu novamente          Com o coração enamorado          Mas, que sina,          o rapaz escolhido não era adequado          E, assim deu tudo errado!          Pois ele não aceitava          na mesma casa com ela viver          porque ela tinha um Gato!

Timer

        Ajustando o timer         do ar condicionado         condiciono o tempo         ao meu agrado                   No fogão o ajuste         do termostato         dá o tempo exato         do meu assado         A TV, o ventilador, a lâmpada         tudo pode ser integrado         e num click pode ser acionado         e nosso tempo ali " programado"                      Agora na modernidade         os aparelhos di...

Monotonia

  Num aquário , um peixinho dá voltas e voltas Onde seu reduto é bem delimitado Bruscamente, ele pára e o exterior observa. Assim, ocorre na vida monótona  onde a mesmice impera.   Refém dessa condição, o peixe Não tem como fugir... Entre pedras, algas e seixos Procura um esconderijo  As borbulhas na água indicam sua localização  Já na monotonia  Onde nada sai fora dos eixos Os queixumes e lamentações  apenas indicam a insatisfação .   Para fugir dessa prisão  Muitos buscam provar  na taça dos pecados e vícios  um prazer aleatório Algo fugaz e sem compromisso    O gosto da novidade, o prazer alicia  A monotonia desbota O corpo vicia Assim, cria- se fantasias Que são contraponto para toda monotonia.     

Antes, eu corria

Antes, eu corria ao raiar do dia para receber o que a vida prometia Sem muita cerimônia me trajava de tons escarlate abusava eu do esmalte Matizes do que eu sentia Antes, eu corria como uma lebre para não ser presa Atropelava a rotina com tantas surpresas E assim, dava uma xô para a tal melancolia Eu que era apressada com o viver, sem roteiro, singrava com euforia nas melodiosas horas do dia De janeiro a janeiro Antes, eu que corria... expressava isso na rebeldia O tempo, ditador, diminuiu aquele afã e toda frequência Moderação, ponderação, letargia um breque na insolência. Antes, eu corria e de tudo um pouco fazia Hoje, mais pausada. daquele despudor e ousadia só me sobraram os versos amanhecidos na minha poesia.

Pieguice

Uns chamam de tolice Eu nem sei como nomear Suplício de corações infelizes? Que com tudo podem se magoar Somos imperfeitos e aprendizes Nem sempre sabemos com isso lidar As feridas e chagas são chamarizes Para que possamos nos recondicionar Besteira chorar à toa, alguém disse... Sabe esse alguém como a tristeza aliviar? A sensibilidade, há quem critique Eu tão emotiva, procuro não me afetar Pode ser visto como fraqueza ou pieguice Quando a emoção assola e passa a dominar Nem todos aceitam esse excesso de meiguice E nos resta a poesia, para isso tudo expressar.

Diário de bordo

Primeira semana do ano de dois mil e vinte e um, e as coisas acontecem como tem que ser, em todo começo, meio aos solavancos, aos atropelos. Ainda alguns de férias, outros planejando curtir mais uns dias antes de o calendário pular para fevereiro.  E com o dias iniciais, vem as mudanças regionais (prefeitos e vereadores ) eleitos no último pleito eleitoral, tomaram posse e assumiram suas funções, em meio a esse turbilhão de notas e polêmicas acerca da "nova onda" de Covid 19 que assola a Europa ( meu sonho está ficando dificil esse ano...), e aqui, como já é de praxe, tudo vai no embalo do "samba do crioulo doido", e assim, vamos que vamos, aguardando as ações governamentais para tentar frear um pouco essa situação que põe em risco a saúde e a vida. Estou um tanto introspectiva agora nesses dias, deve ser reflexo das mudanças ansiadas e algumas expectativas que vejo terão que ser alteradas ou modificadas, pois o país, vai adentrar um momento crítico, e claro, como c...

Estranho

Tu que ainda és um estranho ousas me adular com perfil misterioso e palavras cifradas vais me provocando. Que ventos te trazem aqui? O que queres tu de mim? Dize tu, que és finório e tem olhos castanhos Como se atreve a invadir meus sonhos e me fazer cismar com coisas que não são minhas já que ainda és um estranho? Eu que sempre fui uma mulher de poucas palavras sempre me mantive das redes sociais afastada, confesso que tomei gosto por tal interação neste misto de realidade e ilusão me afeiçoei a ti. Digo, que me atiça a situação onde busco respostas para tal indagação Qual será do estranho a sua intenção? Enquanto não desvendo teus mistérios vou lendo e buscando em versos alheios sua figura, camuflada e secreta. Quisera eu fosse poeta para descrever em versos itinerantes como me intriga suas visitas insinuantes. Contigo, eu ganho me assanho barganho mesmo sendo, tu ainda um estranho!

Encontro

Na calada da noite nos amamos Após desencontros e longa espera Entre beijos molhados nos entregamos Ao ardor que no nosso corpo impera A força do amor a distância supera O sentimento que juntos alicerçamos Na calada da noite nos amamos Após desencontros e longa espera Na ausência, saudades infindas suportamos Tal qual uma nevasca antes da primavera Ancorados no elo indissolúvel que forjamos Alteramos a linha que o destino impusera Na calada da noite nos amamos