Pular para o conteúdo principal

Dois corações





Eu lembro, lembro

"Daqueles tempos”

Que eu me perdia

Nas letras da canção

Que na rádio ouvia 


Eu, menina sonhadora,

Com o coração ancorado

Nas redes da fantasia

Tu, homem desbravador

“O teu coração pirata”

Arrebatando sonhos pueris

Criando doces ilusões

 


“Como um sol de verão”

Inundou de luz e calor

a vida com seu intenso

e fecundo desejo de amor 


“A magia do amor”

Enlaçando a gente

Minha resistência

E a tal impossibilidade 

Não foi suficiente

Para apagar do peito

a chama desse ardor 


Agora, eu apaixonada

“Vejo estrelas demais"

Sob um disfarce

Vivo em sonhos

A te procurar

“Anjo!” 

 

“Fico em silêncio”

Deixo o coração gritar

O amor que existe

E me faz sonhar

Criando cenários

Para a poesia ecoar.



Nota: Aqui uma singela poesia, onde aproveitei alguns versos das canções do Grupo Roupa Nova, que nesta madrugada perdeu seu vocalista, Paulinho.

Uma simples homenagem a quem deu voz a tantas letras românticas e belas.

 


 


 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...