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Na aridez de um deserto,
falta brisa, falta vida.
O poço profundo sem água
a sede no corpo deflagra.

O dia entristece sem o sol
A flor murcha no calor
O senil se perde no tempo
O coração padece sem amor

Carências em tantos momentos
A aquarela necessita de cor
As velas dos barcos, do vento
A folha em branco do escritor

Tais carências e imagens vazias
causam desalento e dissabor
Aqui (in)verto a surreal poesia
Pois preciso do seu Amor.








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Apresentação

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