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Desalento

 

Um redemoinho silencioso impera

Pensamentos mil, cabeça frenética

Um misto de tristeza e impotência

Lembranças vem, revejo a cena

 

Um dia de outono, caía uma chuva fria

Lágrimas depois de um adeus comovente

São coisas que marcam a vida da gente

Dores sentidas, noites mal dormidas

Um capitulo de desolação no livro da vida


Ainda lido muito mal com essa situação

Busco em mim forças para me reerguer

O tempo ainda não conseguiu cicatrizar

A ferida que insiste em sangrar


Ah! As lembranças são farpas afiadas

Que maltratam e judiam deste coração

Fico com os olhos rasos d’água

Emoções atrevidas que aos olhos saltam

Tão difícil é conseguir a tal superação


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Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

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