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Mostrando postagens de março, 2020

Último dia

  Eis que chega ele, sem cerimônias  Encontra a vida sisuda e cismada  Onde paira um ar de pouca parcimônia  A natureza, a todo burburinho, contradiz  O sol nascendo e nuvens bailando lá no céu  Traz seus tons vibrantes e chamativa matiz  Março virou noticia e criou muita poesia  Eis que chegamos, agora ao seu último dia!

Devassos

Assim, cheio de manhas e galanteios você chega e vai ganhando espaço Atiça meu desejo, que se torna desvairado. Suas mãos deslizam em meu corpo, ferozmente Beijos calientes são o prenúncio do desejo ardente Excitação , clima quente...noite alvissareira Nos entregamos um ao outro de forma ávida Sem pudor e nem fazemos disto segredo Abusamos do sabor do amor e do pecado Amamos, como dois degenerados!

Pequena crônica da efemeridade

Tudo passa e passará, sempre, assim é o ciclo de vida, em tudo que está inserido no Universo. Nesta vã passagem, um vírus causa redemoinhos, deixando pessoas atordoadas, mesmo e com tantas informações, talvez seja, isto , por causa de tantas informações. Resquícios de prudência estão sendo raros; nem falo das redes sociais, que é uma terra de ninguém, e lá nem adianta ter bom senso, digo sobre ações e medidas drásticas adotadas por órgãos governamentais, que estão a bater cabeça, com entrevistas, notas e decretos, que depois são desmentidos e anulados, veículos de imprensa dando ênfase ao caos, pessoas fomentando o que ouviram no malfadado Jornal Nacional (Eca!!!), e tudo vai seguindo o ciclo da vida. O vírus (Covid 19) terá seu ápice  e passará, como toda endemia ou pandemia, tem um tempo, ele é vertiginosamente, rápido em sua propagação,mas passará esta pandemia, é o ciclo vital. E depois? Só Deus sabe, o caos, com tantas pessoas que foram prejudicadas e a tendência é a ec...

Diário de bordo

Findando o mês de março de 2020. A primeira semana de "Quarentena" instaurada pelo Governo Estadual através do Decreto número: 64.881 de 22 de Março de 2020. Uma situação inusitada. Pessoas ficam reclusas, comércio fechado, sem circulação e aglomeração, tudo para evitar a disseminação do vírus Covid 19, o letal vírus influenza, em sua nova versão. Assim seguimos. Ontem á tarde, em virtude de compromissos anteriormente assumidos, saí para resolver tais assuntos, e me deparei com uma cidade  com medo. Portas fechadas, pessoas apressadas nas ruas. Em ponto de ônibus, distanciamento, sem contato, sem encostar um no outro. Poucos profissionais atuando. Agora os profissionais da Saúde, Segurança e Limpeza pública são essenciais, esses estão na ativa. Nós, os outros, reclusos, num isolamento meio sem sentido. Dizem e recomendam, os médicos generalistas, e a própria OMS que deve haver restrição de contato e isolamento, mas se assim o for, estamos apenas criando mais pân...

Poemeto de Amor

Toma conta de mim uma sensação desmedida Velada posse de uma paixão incontida. Ouso a ti tudo dizer na ilusão de que possas Sem véus e metáforas meu amor compreender.

Cautelosamente

Dizes que sou fria e indiferente ao seu ardor Coração meu, é  carente E se ressente pela falta de amor Estrategicamente  Ergui um muro entre a gente Para me poupar deste dissabor Assim não corro risco E, cautelosamente evito Sofrer por um idílico amor.

Outono

Flores caídas...sopra o  vento. ruas vazias, cidade no silêncio Outono de pandemia!

Romance

Nas noites estreladas, penso em ti. No silêncio do meu quarto,coração em alvoroço Lembro de quando, numa tarde outonal, te conheci Fisgada pela sua cortesia e aquele sorriso maroto Fulminante como um relâmpago...depois o estrondo! Abalou o meu ser, e sem hesitar, ao amor eu sucumbi Nas noites estreladas, penso em ti No silêncio do meu quarto, coração em alvoroço Nossa história amorosa, a mais bela que vivi Vivemos as maravilhas de um romance ardoroso Paixão galvanizante, lembranças do que senti Ficou aqui um coração ardente e saudoso Nas noites estreladas, penso em ti.

Diário de bordo

Vinte e três dias do mês de março. Mundo atordoado! Uma pandemia tomou conta do planeta terra, causando histeria, provocando pânico, onde cidadãos alarmados, sentem-se desorientados. Um fluxo intenso de informação jorra a cada instante na "grande rede". Sinais de alerta! Vírus mortal causando pavor. Um vírus com potencial de causar parada respiratória, conhecido já de longa data da humanidade, como Influenza, mas aqui, em uma nova cepa, mais avassalador, denominado, Corona vírus ou Covid 19. Governantes batem cabeça, um surto que veio da Ásia, ( de novo!?) e derrubou as bolsas, causou acirramento pelo petróleo e brigas comerciais. Fronteiras fechadas.  O mundo se cerca e ficamos reclusos. Teorias da conspiração pululam aos montes, foi proposital? Houve interesse comercial escuso na disseminação do vírus? Camuflaram os casos no início? Omitiram a verdade do mundo? Quem lucra com isto? Surgiu na natureza, portanto é natural e sem influência do homem em sua disseminação e r...

Alegria de criança

Como é descontraída e natural A alegria de criança Sem mais e nem porquê A alma flutua de tanta leveza Brincadeiras na chuva, quanta sujeira! No verão, algazarras no quintal Bronca da mãe e do pai, Aquietam-se um pouco, efeito colateral! Tão breve é a mudez, e logo a bagunça Começa outra vez. João puxa o cabelo de Maria Cristóvão fica com Regina de cisma Hugo some para casa da vizinha Cristina enfeita  com presilhas sua trança Uma alegria natural e fluida É  esta da infância sem medos Tudo a solta e com inocência Nós adultos é que guardamos segredos Como é contagiante a alegria de criança Vendo tv ou jogando, sempre são espontâneos Um poço de curiosidade e perguntas tantas que ás vezes a gente fica sem jeito de responder A alegria da criança é grudenta demais Coração da gente fica birrento, mas depois Amolece e esquece os absurdos infantis Na alma infantil reina a paz Ah! Quem dera eu pudesse Resgatar lá da minha infância Esta alegria natur...

Quarentena

Dias de reclusão. Dias de isolamento. Decretada a quarentena. País em polvorosa, muita informação na rede mundial. Pandemia tornou a vida turbulenta, caótica e deixa tantas incógnitas De onde viemos, talvez nunca saberemos, há teorias diversas,sejam elas cristãs ou com  base  científica. Para onde iremos, qual será nosso destino? O amanhã, dirá. Agora resta-nos, nos isolarmos, nos precavermos e mesmo com uma certa resistência, em  casa  permanecermos.

Mantenha distância

Em tempos turbulentos e que requer maior atenção para com o ser e os demais, estamos agora, mantendo relacionamentos virtuais e pouco contato pessoal ou presencial. Aqui, ainda no meu setor de trabalho, aguardando novas e possíveis deliberações da chefia quanto a rotina do prédio e horários estipulados. Todo dia nota e mais notas, decretos e atos de Estado, limitando acesso, restringindo o espaço de circulação, e tudo vem num caldeirão de  ideias e falas que preenchem o imaginário do individuo; criando assim, extremismo e confundindo com muitas ideia falsas. Pandemia que causa pavor e desagrega, pois nos põe recluso, claro, aumenta o contato familiar, e isola o ser do mundo, nos tornando mais distantes daquilo que estávamos combatendo ferozmente, os contatos pessoais. Lamentável, chegarmos neste patamar, mas agora é torcer para a situação se regularizar de uma maneira menos danosa, se é que é possível, e seguirmos, com resquícios deste surto que serão gravíssimos em termos de...

Poço de emoções

Regando o viver com  grã fantasia vou eu vivenciando meus conflitos Ora com alegria, ora com melancolia Uso das letras para pincelar a vida Num misto de cores quentes e frias Usando os tons de cada emoção Me permito sonhar ,festejar e chorar Amar sem do meu querer abdicar Sendo eu, este poço de emoções a transbordar

Cômica

Ah! Como eu queria ser cômica Levar tudo na maciota e ir á forra Fazendo graça e pouco caso Das agruras e das dores crônicas Ah! Como eu queria ser cômica Não ser tão sentimental e coisa e tal Fazendo drama de forma histriônica Absorvendo de tudo só o superficial Ah! Como eu queria ser cômica Com gargalhadas camuflando a melancolia Disfarçando a insipidez de forma irônica Embutindo tudo numa ambígua poesia * Crédito da imagem: Tripcirco

Chumbo

Gosto do tom acinzentado, assim enevoado Sem preconceitos, o dia cinzento o vivo de bom grado A cor tem seu tom pesado sendo no dia, no edifício ou nas cores do carro Mas ela nada me traz de desolador Inspira  um quê de acolhimento tenha sim, por ela um certo pendor Longe de mim criar confusão e ter que brigar por causa de um tom. Por isso da cromoterapia não sou adepta e tenho a cor azul como predileta porem, me encanta a cor plúmbea sendo a mais discreta. O cinza para alguns transmite pesar e melancolia a mim, serve de inspiração pra poesia.

Terminando com AR

Através do ar Chega até mim este leve buril ar O gemido do rio na serra a murmur ar O doce lamento do vento a sussurr ar A ave canora com seu cativante gorje ar Meus pés sentem a magia do lug ar Delicio-me com a sonoridade das folhas a farfalh ar Admiro tudo que meus olhos conseguem mir ar Absorvo uma calorosa sensação a me enlaç ar Na inspiração que a natureza tem a me ofert ar Neste meu fecundo viver de sonhar e am ar.

Soslaio

Foi só um olhar Assim displicente Um tanto furtivo querendo nada demonstrar Um olhar meio de lado um tanto disfarçado para não deixar que minha intenção fosse revelada e assim me desarmar Foi só um olhar Assim de soslaio Jamais quis ousar Deus me livre se meus olhos vierem os teus, a fitar Tento de tudo para evitar Pois o coração é fraco e nas armadilhas do amor,  eu caio.

Resplandecer

A palavra da vez é resplandecer Inspirando o ar vital ao amanhecer O Sol vai despontando no horizonte Trazendo energia e luz,somos abençoados! Nesta estação quente e chuvosa Ficamos mais leves e fluentes O contagiante e aclamado verão Mexe com a aura da gente Pode apreciar o calor do dia, é maravilhoso Por isso, demos glórias a Deus venturoso A vida em si é uma grande vitória Luz para não nos deixarmos sucumbir Por uma descrença que habita o porvir Aproveitemos a luz solar, a nos banhar E façamos deste dia caloroso e bem vindo O melhor de hoje, até então Vivamos em paz e com harmonia no coração

Vitoriosa

Um nome, um ofício Tantas tarefas a realizar Diversas são suas faces Num mundo de contrastes Demonstrastes seu valor Redutos antes masculinizados Hoje são espaços teus, com louvor Ser de muita versatilidade É a mulher da modernidade

Dona da Poesia

Mulher, nem precisa de rimas Prende a atenção, com sua figura Preenche todos os espaços Mantém o controle, em versos elipsados Constrói enredos fantasiosos ou doloridos Sua vida simples ou pomposa é sempre inspiradora Pode ser tímida ou atrevida, pouca importa Solitária ou com muitos envolvida Ela se destaca em meio ao alarido que a cerca Prendada ou sem dotes; beata ou libertina Moça bonita, mulher sem viço, fêmea no cio Idosa mergulhada em suas recordações Com lágrimas ou sorrisos que tudo expressam Seja de qualquer cor ou etnia, credo ou região É  ela sempre a dona da poesia.