palavrasnotasevivencias

A tarde passeia escorregadia Verão de aguaceiro. Um deslize aqui, um descuido ali. Opa! Num escorregão... Nasceu a poesia!

Um gosto de imensidão me invade... O sabor é diferente, algo mais denso E que no meu ser se faz mais absorvente. Tem sabor de anis com salpicos gustativos de doces tâmaras que confundem a percepção. Tem gosto de quero mais ...pura provocação Sabe aqueles lugarejos ao longe Além das cidades Além dos montes Além –mar Onde o infinito se esconde? Pois é, a imensidão tem essa sensação impregnada No paladar. Ah! Como é bom esse gosto de inexatidão Sem referências, sem aderências Um gosto de soltura e perdição Um gosto de leveza e superação Um sabor forte e convidativo Uma sensação que arde e queima e, ainda me faz querer mais deste controverso ,  abrangente e impreciso, o atipico gosto da imensidão.

S uper estrela que nos embevece O rbitando em torno de ti L ua, planetas e estrelas...a vida acontece ! Um exercicio poético para lembrar de como é o SOL, pois há dias Chove muito em São Paulo. Dias nublados.

Chuvosa manhã vias e calçadas molhadas o cinzento do dia o aconchego propicia Almas revigoradas Chuva na enseada Neblina na encosta Um café da manhã convidativo, com quem me gosta.

...E hoje é quarta-feira de cinzas, e o amor não venceu. Tenho por curiosidade acompanhar os  comentários de desfiles de Escolas de Samba, e houve uma época em que eu acompanhava a apuração via satélite, rrrsssss; enfim, teve desfile e ouvi comentários diversos e cheios de euforia sobre a agremiação Gaviões da Fiel, em seu enredo sobre o Amor, histórico, heroico, platônico e poético, achei um tema interessante, mas só eu e a torcida do Corinthians. Trouxeram direto do RJ, via "importação" o carnavalesco Paulo Barros que tinha a missão e permissão de misturar tecnologia e samba para alavancar a arquibancada, funcionou pelo que vi pela Tv, pelo menos no que tange à plateia ufanista, mas os júri não viu com “bons olhos” e tanta estima essa coisa de Amor e Fantasia, creio eu. E nessas águas de fevereiro, o amor naufragou sem direito a bote salva-vidas. Até o próximo carnaval.

Chuva lá fora vagarosa Umidade escorrendo pela janela fustiga o semblante da moça de azul. Paira no ar o tom inconfundível do silêncio Acústica pesarosa...  Vê-se a umidade a deslizar  pela tela Criando borrões Desbotando a linda aquarela.

Se queres favorecer uma mudança na vida de outrem, siga certas regras: Não desestimule Não desfavoreça Nã o desmereça a pessoa, pois ela tem suas convicções firmadas em conceitos anteriores a tua presença. Se queres promover o bem estar não desprestigie e nem faça crer que a mesma não é merecedora de  mimos e afetos, todos precisam de afeto em sua existência. A atitude oposta, fazer crer que a pessoa  nada tem de positivo, só cria um mecanismo defensivo e excludente. Nada favorece a mudança, apenas cria resistência. Todos querem melhorias. Todos querem ser prósperos Todos querem ser amados Todos tem sonhos em seu íntimo adormecidos Todos tem receios que estão ali espreitados Ninguém quer ser mal -tratado, ignorado e destituído de valor Se tens a intenção de promover o bem, o faça de coração e prudência, zelo e cuidado. Se tens o poder, use a seu favor, mas haja com prudência e amor Se nada tens a ofertar ao ser que se vê entricheirado ...

Fevereiro, vinte dias do mês carnavalesco, que vem com toda empolgação que o brasileiro gosta. Muitos falam que não curtem o carnaval, mas sempre dão uma espiadinha na tela ou nas fotos nas net; há os que preferem os tais "retiros" espirituais, para aliviar a tensão e fazer uma conexão com o divino, o com o eu perdido, seja como for, cada um faz seu feriado e aproveita da maneira como lhe é mais conveniente. Eu, de cá, observando todo fuzuê que se faz  em torno das declarações do então presidente da nação, Sr.Bolsonaro. Cada dia, uma pérola que ele deslinda e a imprensa "vingativa" como sempre, não perdoa, malha. Agora, sobrou até para o ministro poderoso do governo, Sr.Paulo Guedes que se viu em "papos de aranha" com algumas frases, que para meu entender, não são preconceituosas ou desmerecem este ou aquele profissional ou categoria,mas vai lá, tudo tem a régua e mão de uma cultura mais acirrada em deturpar e tumultuar do que propriamente, alavancar ...

Um ser de sua solidão, refém  Se joga a procura de um carinho,  Um alento, algo que lhe faça bem  Na sua imaginação, seu desejo  Cria enredos de amor e proteção  Fantasia o mundo romântico  Distancia-se do real e perigoso  Por desilusão, timidez ou aversão  Seu ego frágil constrói para si  Um misto do real e do imaginário  Busca silenciar o grito de urgência De carências e desejos aflorados  Através de objetos inanimados  Poesia elaborada para a Oficina poética da CPP ImagemPoesia Janeiro/Fevereiro de 2020

Ai de mim, com essa paixão que me tortura Perco o chão quando estou perto de ti Sinto-me perdida, sem palavras, tanto desejo No querer que me acomete, essa loucura Uma relação, como a nossa, apimentada Tem gosto de pecado e não carece de mais nada Recebo com euforia as flores com seus recados Fico a te esperar, ávida por te desnudar, no quarto. Na nossa alcova, a cama com o lençol bordado A luz vagamente ilumina o ambiente decorado Encontro intenso de ávidos corpos que se desejam Enquanto o mundo lá fora, fortuitamente, acontece Esta paixão que nos empolga e nos incendeia Deixando marcas   na alma e no coração Sou feliz, pois contigo sinto-me realizada e plena Ès tu, a força que me inspira, e causa essa combustão.

Dia sim, noites afins! Segue meu coração Cadenciado a pulsar Sempre ávido em rimar Porém, tímido ao se declarar O amor que vai nutrindo Pelo do reflexo do seu olhar Com a permissão que encontro cá Através do tempo, vai resistindo

A espera é angustiante quando há amor Horas se arrastam devagar, coração aflito Os dias ficam sem brilho e sem cor Sentimentos gritantes, e eu me silencio Leio um poema de amor por ti escrito Sensações ali contidas me causam rubor A espera é angustiante quando há amor Horas se arrastam devagar, coração aflito Sua presença é tão esperada, meu amor Esta demora atiça sentimentos em agito Atenda meu chamado e venha logo, por favor! Sabes bem que nesse romance eu persisto A espera é angustiante quando há amor.

Fevereiro, verão Chuvas da estação Cidade embaixo d'água Desolado segue o cidadão Ruas alagadas Rios transbordando O trânsito parado nas avenidas O céu continua chorando Águas seguem, sujas misturadas com todo o resto Lama e caos. Dia útil que assim inicia A semana na grande metrópole Rotineira cena De todo começo de ano Faltam ações preventivas Que evitem tantos danos Bolsões de água Nuvens escuras pairam sobre a cidade Falta prevenção e conscientização Calamidade!

Foram dias exultantes Fartos de amor em tua companhia Que ficaram na lembrança Depois da tua súbita partida O destino, caprichoso, nos uniu Com a magia que enlaça alma benditas Os dias eram repletos de cor e frescor Até abater sobre nós uma sombra maldita Num outono silencioso, sua vida expirou Tirando de mim o ar, a tristeza me assolou Foram dias e noites, alheias à vida Com lágrimas a prantear sua precoce partida Me vi perdida em devaneios, e numa insanidade Buscava a ti, em todos os cantos e tempos Da memória, sempre recordando nossa história A fé o amor foi o que me sustentou Hoje , refeita do elo que se quebrou bruscamente Aceito a situação com mais serenidade Um sentimento como nosso é etéreo e perene Vivenciamos um amor tão forte e abrangente Que não se perde jamais e segue pela eternidade

Como entabular uma conversa Com alguém astuto? Talvez deva eu falar e parecer mais culto? Quem sabe se eu falar dos meus atributos? Será que o tal ouvinte entenderia isto como um insulto? E se eu escolher mudar de assunto? Será  que ele me acharia matuto? Quão difícil é dialogar com um ser Astuto. Busco uma forma de conversa a todo custo, porém o tal indivíduo com minha conversa, só assusto. E você que está a ler do outro lado  e tem fama de sabe tudo. Diz pra mim, como mantenho uma interação com esse Astuto? Sem indicação, encerro este texto (curto) Nada mais verbalizo Só escuto.

Vento zombeteiro, passa ruidoso Vai fazendo graça do meu desgosto Porém,algo de bom tiro dessa zombaria Pego no ar a rima e faço poesia

Lua,a eterna musa dos poetas Quando ausente, poesia é escura O poeta sob o luar, faz festa Rimando amor com fulgor Olhando a lua tão faceira Brilham os olhos do trovador Lua, eu de ti tenho ciúmes Pois não tenho seu brilho e seu lume