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Escritos de gaveta




Já faz algum tempo, vem experimentando uma certa dificuldade de passar para a escrita a emoção sentida. Nem sei se é o que chamam por aí, de bloqueio, só sei que algo me vem á tona e depois, some que por encanto, para usar um termo mais poético, no caso.

A escrita é por si só algo indefinível, vem de forma inusitada e fortuita, agrega sentires, destrava chaves e segredos e ,ainda causa angústia, quando é invasiva e muito expressiva, ou confude os leitores quando é por demais, vaga e imprecisa. Cada escritor atem-se a sua vivẽncia, eu nem sempre escrevo o amor, nem por isso, vivo sem ele...e a dor, todos a tem, nem sempre ela nos textos surge, pelo menos abertamente. Tendo metamorfosear o que vai para o papel, porém fica bem nítida a figura do autor. Mesmo com disfarces, é muito revelador.

Uns dizem que escrever é abrir o coração, sem anestesia e sem bisturi.  Dolorido e também produtivo. Eu penso que a escrita se sujeita a expedientes diversos, e sendo assim, cabe a cada um buscar incluir ali seu mundo, seus sonhos, seus desejos e afetos.

Um texto sem caráter reflexivo e nem informativo, somente fragmentos do que me veio a mente, nesta noite de domingo, com tantos arroubos politicos na vitrine.

No mais, apenas divagações, sem pretensão, tentando encontrar onde foi parar a fugidia da inspiração. 












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