Um ciclo que vem com o amanhecer
Surge de forma sutil, e por vezes, camuflada
Constrói searas que aliciam o viver
Metamorfoseando o real de forma ativa
Espargindo e fecundando o fértil coração
Com sementes de uma árvore frondosa e florida
Caprichosamente, sendo coerente ou indecente
Numa ponte que faz a ligação entre o eu
E a fantasia que, fortuitamente, me habita
Acontece ao alvorecer
Desperta o viver
Prolonga este querer
Acompanha o anoitecer
Finda o dia mais próspera e litúrgica
Cadenciada pelas rimas da manhã lúdica
Audaciosa, toma conta do enredo
Esmerada, simboliza o etéreo
Imperiosa, abstrai os medos
Anoitece, cada vez mais venturosa
Adormeço junto a ela
envolta em sonhos e quimeras
Na expectativa do alvorecer
Que, poeticamente, nos espera
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