Pular para o conteúdo principal

Vasculhando o baú

Hoje acordei pensando num antigo amigo, dos tempos de infância. Na escola a gente era bem afinados, tínhamos eu e ele, algo em comum, a vontade de sermos professor. Eu segui por outros caminhos e nunca mais soube deste meu antigo amigo de colégio. Outro dia me peguei no Facebook a buscar sobre ele e nada encontrei, gostaria de saber se ele seguiu o sonho de ser professor.

Pego este gancho para mencionar que nem sempre conseguimos realizar o que queríamos, e independe de idade, são os caminhos e voltas que a vida dá. Eu não me formei professora e hoje olho pra trás e vejo que aquilo que eu "adorava" fazer, escrever na lousa, "brincar" de ensinar crianças, era mais fantasia que tudo, a realidade para o professor não é muio boa neste país, outrora mestres respeitados, hoje muitos são ridicularizados e vivem de salários baixos, claro há os que não se empenham no ensinar e se aprimorar,mas fiquemos mesmo na generalização do descaso com a profissão.

Se eu tivesse feito o antigo magistério, talvez seria uma péssima educadora, sendo levada ao rol dos "mestres" iludida com fantasias de menina.Assim é em tudo, há que se analisar e pesar os prós e contras de uma carreira, mudança de emprego, relacionamentos, há uns que são bons e profícuo , outros não. A vida, já dizem muitos por aí, é feita de aprendizado e aceitando um novo desafio, criando outras metas, olhando sob outros prismas, podemos ver que aquilo que antes no encantava e era bom num determinado tempo, perdeu a graça e deixou de ser atrativo, isto aconteceu comigo, já registrei aqui em um crônica, que eu mudei de ideia sobre o que queria ser, alterando entre comissária de bordo (não tenho altura, na época era item essencial), e secretária, nem um ,nem outro, acabei no setor público e gosto, e em sinto bem aqui.

Ainda vou tentar encontrar meu antigo amigo de escola, Eduardo, e saber deste se conseguiu e se seguiu aquilo que tanto ele queria e se entusiasmava, pura curiosidade, e saber como andam as coisas depois de tantos anos sem contato. Caso eu o encontre, tenho muitas coisas pra contar, anos e anos passados, certamente, mudou ele,mudei eu, e nestas idas e vindas temos muito assunto para abardar e compartilhar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...