Tento levar a vida á risca
nem tanto ao céu, nem tanto a terra
um meio termo que impera
Entre atropelos avanço sobre os medos
em cisma guardo meus segredos
Por vezes aguerrida ao anseio que domina
e as vezes sou a observadora passiva
Tento levar á vida sem cismas
num dia de inverno excruciante
ou num verão escaldante
vou mantendo o equilíbrio de acordo com o clima
Há aqueles que condenam e censuram
- Por que não arriscas?
Numa inflexão dialética
do ser que ser arvoriza
Ai! De mim, ser ciente da cisão
Da efêmera cobiça
Levo minha vida direcionada
sou um ser que não sabe
lidar com coisas vãs e ariscas.
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