No campo me criei
Infância boa
Onde corri, cantei, caí,
chorei, aprendi
Muito enquanto brinquei
Relembro hoje, com saudades
Daqueles momentos alegres e
pueris
Na imensidade da doce infância
Quando fui muito feliz
No quintal um velho cajueiro
Frondoso, imponente
Dava-nos sombra nos dias de
sol
e extremo calor de janeiro
Embaixo da árvore
brincávamos
O dia inteiro
Cortava o local um
pequeno riacho
Onde nós, crianças sem
pecados,
Fazíamos algazarra e nos
banhávamos
Por vezes, nos assustávamos
com
Um anfíbio ali amotinado
sapo enrugado e feio
Que nos causava asco.
A
noite comidinha feita em fogão á lenha
Papai
cansado e mamãe sempre atenta
Criançada
saciada e sonolenta
Braseiro
indicando fim da rotina
Restos
dos dias
Madeiras
queimadas
Tição
Cinzas
Adormece
a casa
Noite
silencia
Tempo
bom
Coração
no tom
Que saudades
Minha
infância querida
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