Mulher contraditória
Ela contradiz o ditado
não se rende ao pragmático
Ela reduz todo significado
num lampejo poético muito vago
Ela ressignifica o verbo haver
Pois desconhece o seu poder
Ela se contrapõe a loucura
Lúcida! Furtivamente busca aventuras!
Ela mistura o novo e o antiquado
Em cálices efervecentes de pecado
Ela confunde o cupido com o diabo
Vive o amor com ardor, meio enviesado
Ela diz que vai e nunca chega
Não desmerece os seus sentidos
Se diz cansada, mas nunca sossega
É tão cética e ainda crê no divino
Ama , implora, recusa e pranteia
Ela cultua e deleta fortuitas memórias
É chama apagada que muito incendeia
Ela é assim, a mulher contraditória
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário