Sinto-me um tanto ultrapassada
Sem muito afã nestes tempos modernos
Sem encontrar meios de me ajustar
Nestes ditames do movimento
Que indica como devemos ser
Caminhar, desejar e amar
Sinto-me um tanto antiquada
Sem conseguir me aventurar
Ao invés do tudo, o nada
Sem inovar no meu visual
Sem ter minha selfie no mural
E nem ser a senhora do mar
Esta sensação estranha
De não ser atuante e nem vital
De ser uma pessoa normal
Traz a uma melancolia
Que me enche as páginas
Do meu rotineiro dia
Com a minha obsoleta poesia.
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