Pular para o conteúdo principal

Mágoas



Quem nunca se sentiu magoado com alguma coisa ou alguém? Todos nós passamos, durante o processo evolutivo,por situações que nos trazem dor e sofrimento. Quando crianças temos problemas na escola, dificuldade de se enturmar, apresentamos timidez ou agressividade e nos magoamos com professores e colegas. Na adolescência, a adaptação é sofrida, continuam as mágoas, depois na fase adulta acalentamos expectativas e sonhos que por vezes ficam pelo caminho e nos geram mágoas com família e amigos.

As mágoas são sentimentos negativos que ficaram em nosso inconsciente e vem à tona toda vez que nos sentimos descontentes, pois como as mágoas não foram elaboradas, elas permanecem a incomodar o indivíduo.Elas nos causam dor e sofrimento, além de serem responsáveis por uma gama de doenças, principalmente as auto-imunes tais como: lúpus, artrite e até mesmo o câncer. O sofrimento causado pelas mágoas é enorme tanto físico, mental e emocional.

Ao se identificar a emoção que gera a mágoa, é preciso trabalhar esta emoção, pois se escondermos e tentarmos driblar a situação o mal será sempre alimentado, ou seja, diante de uma frustração a mágoa instalada se tornará mais forte e propensa a causar desconforto na vida, desestruturando o indivíduo, a ponto de causar o desgaste de sua vida familiar, social, familiar e profissional, chegando ao ápice de alumas pessoas cometerem o suicídio.

O conflito interno precisa ser resolvido para ter uma vida mais saudável, a solução pode vir por caminhos diversos, como a terapia, a meditação, a busca interior através da reflexão,qualquer atitude que busque a abertura da consciência e libere o indivíduo deste sentimento.

As religiões indicam orações e o perdão, caso que a ciência ainda discute mas com certeza o perdão pode aliviar a pessoa desta sensação angustiante, que é ficar magoado, ressentido e carregar isto para toda a vida. O perdão não significa se humilhar e sim se libertar daquela emoção. Assim quando acontecer a pessoa ficará em paz consigo e com os outros, o fato ou a circunstância não acarretará mais sofrimento.

Tudo é válido, tudo é bem vindo quando se busca a paz interior.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...