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Sutilezas poéticas




Se não sabes  desvendar mistérios
tampouco entenderá os propósitos de sê-los.
Margeia sua frágil argumentação, notas
destoantes e que ressoam ao sabor do vento.
Palavras a esmo não aderem, ficam inertes,inócuas...sem
o objetivo em si declarar.

Quem dera houvesse em fantasias tão exaustivas
o poder desta vida moldar...quem dera houvesse no ser
a visceral capacidade de o mundo ali reformular.
Na brevidade do signo, diz o homem, ser um incompreendido, engana-se o seguidor mais afoito  no atropelo de suas interrogações...basta a ele a exclamação, pois este teme a confrontação...esta o destrincha e dilacera a antagônica expectativa que o ilude.

São lacônicos símbolos em floreios que nada fazem do que camuflar uma desmedida cisão entre o seu querer e seu viver.
São pistas que levam ao derradeiro segredo que não sabes,afogado entre tantos saltos e arranques, que perdeste o real sentido da vivência.

Frágeis ilusões....meras fantasias...ainda em segredos

Somente aquele que se aventura a desvendar, sabe o doloroso custo de seu efeito se apoderar, mas a partir de então, sua vida adquiri a sonhada liberdade de ser e estar, sem riscos e nem conflitos.
 

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