Pular para o conteúdo principal

Efeito colateral




Nunca se viu tanta  balbúrdia como nos tempos atuais , claro, tudo fomentando, exponencialmente,  pelas redes sociais. Um choque de ideias e  opiniões que chegam às  vias de fato, palavrões, agressões verbais e tudo muito indecoroso. Creio que vivemos um mundo doente  e o remédio pode ser bem indigesto.

Vivo atualmente um momento novo e diferente na minha vida, que me impele a tomar certas decisões que por vezes não sei se serão positivas ou me farão  chorar copiosamente, fico preocupada com os tais efeitos colaterais, não de remédios, não uso nenhum, mas das minhas investidas diante da vida; parece que ao chegarmos numa idade mais madura, tomamos mais cuidado para não errar, sei lá,  pelo menos eu me sinto assim. Confesso que já errei muito e houve coisas que não pude consertar, mas a linha do tempo indica que não só de afagos  no ego podemos viver , há  que se ter bom senso e reconhecer as falhas e não alimentar o fútil egocentrismo.

Diversas vezes me perguntaram porque  escrevo poesias de solidão ou desamor, sei lá, gosto e me sinto melhor assim, talvez remexendo meu prontuário, lá em tempos juvenis e não  tão pueris,  agreguei a  mim esta temática , nada que me incomode, apenas um efeito de algo há tempos incorporado. Corpo e alma em consonância, sempre pensei assim, que me dera poder filosofar nestes dias tão tresloucados.

A escrita não flui, vou largar mão, não adianta insistir no processo quando o paciente apresenta relutância, deve ser efeito de tempos tumultuados, deve ser resquício de algo que requer mais que  uma xícara de café. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Apresentação

A vida é uma grande viagem, com direito a várias paradas em estações a escolher .Nem sempre podemos optar por não levar bagagens conosco, outras vezes, temos a escolha e nos quedamos frente à muitas objeções e contestações externas, sobre o que carregarmos e até onde podemos levar tudo que amealhamos em vida, sejam os laços sanguíneos, de amizade, ou coisas materiais, que nada podem agregar ao sentido pessoal da nossa viagem. Por entre vias, veredas e atalhos, vamos seguindo nesta "nave" com direito a erros e acertos, conquistas e perdas, nada é terminal, a não ser a própria finitude em si. Depositamos na vida todos nossos anseios e sonhos, e na viagem, temos muitos felicidades e também dissabores, entretanto, somos nós autores desta escrita diária que se faz com lágrimas de alegria ou tristeza, sempre imprimindo uma nova ordem a um caos interno que buscamos o tempo todo apaziguar.  Somos etéreos em espírito, somos humanos falhos e aprendizes.  Vamos seguindo ora...

Doce atrevimento ( Poesia nº 10)

                Na delicadeza dos toques teus sinto a leveza do amor que permeia  nessa intimidade doce e atrevida   Demoradamente me atiças na maciez dos lençóis me excita a suavidade aquece e incendeia  Atrevimento dos desejos em desalinhos   delicadezas e arroubos em uníssono fluindo    

O coelho e a raposa (Uma fábula atual)

Era uma vez um coelho, que não era branco e nem de conto de fadas. O coelho que não era branco se "amigou', se é que isso é possível no mundo animal, por uma raposinha dourada, que encontrou, por acaso, escondida na floresta. Ela, a raposinha, era pequena e ágil, mas só isso a caracterizava como tal, pois era muito medrosa e vendo o coelho que não era branco, andar por entre os arbustos, se escondeu. O coelho pressentiu que alguém o espreitava e não teve medo, foi tentando identificar pelo cheiro o que havia ali. Cheira daqui, cheira dali, o coelho que não era branco, entre galhos, amontoados,  folhas e ramos foi procurando. Até que achou encolhida, de olhos espantados,a raposinha dourada que estava numa fenda entre de uma pedra. - Ei! O que houve? Quem é você? Por que está escondida? Venha cá. A raposinha sentindo-se ameaçada tentava encontrar um meio de sair dali.  O coelho que não era branco, percebeu que a sua " amiguinha" de exploração era muito tímida ou medros...