Vós

Vós, que sois o detentor dos ventos

e de vós, vinde os nossos tormentos

espero em vós a supressão dos sofreres

e dai me a inquietante dúvida do não saber

Ai de mim, que de vós tanto temo

Sei que já cheguei a extremos!

Ouça os meus lamentos...abranda a brasa do

causticante enredo.

Vós, que  tens tudo a teu favor

desata os nós que no teu movimento

o nosso frágil e oscilante eu criou

Em vós, deposito o meu clamor

de vós espero o bem maior

Ó Tempo, senhor do nós, no teu comando,

peço-te e clamo, não seja de nós,

este algoz


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