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Mostrando postagens de outubro, 2020

Anoitece

  Rasga a névoa, a bela esfera. Na colina,  sob o luar, vidas adormecem. Mais um dia que se encerra!  

Tardes aromáticas

Exuberante estação primaveril Com flores coloridas e perfumadas Que é desta poesia, a temática. Dias de clima ameno, noites acolhedoras Onde a chuva é sempre bem vinda Vai molhando a terra , onde germina a vida. Um misto de alegria e exaltação O colorido nas ruas, alamedas e quintais Coisas típicas desta charmosa estação Depois da chuva, as nuvens se dispersam, a natureza embala um louvor de gratidão. A tarde se ilumina e graciosamente,nos enlaça  numa aura suave, com sensações aromáticas .  

Rua sem saída

  Ó infância que não é de meus dias Eu que revivo essas cenas na fotografia Pessoas vivendo sem as atuais precauções Sem sobressaltos e tantos ladrões Em casas simples, de pinturas desbotadas Vivia uma gente humilde, alegre e simpática Que de forma saudável e muito empática Sabia tirar proveito da vida ali tão pacata Numa convivência amistosa nas janelas Uma conversa solta entre moças e senhoras Ouvia-se o refogado frigindo na panela E a algazarra das crianças lá fora Senhores debatiam com simpatia os temas cotidianos, naquela freguesia Desocupado não era sinônimo de folgado mas nada escapava ao olhar da minha tia Tudo assim, naturalmente, transcorria Em tempos idos, como na fotografia Hoje aqui, só lembranças e poesia Daquela nostálgica rua sem saída

Diário de bordo

Hoje, já meados de outubro do ano de 2020, aqui tempo chuvoso e com previsão de instabilidades ao longo do dia. Estamos caminhando para os meses finais do ano que foi singular, no mínimo. Confesso que tive muita apreensão, questionamentos acerca dos propósitos "embutidos" no tratamento e prevenção do contágio do Covid19, e muitas inquietações sobre o que viria após, e como seria  esse  mundo pós pandêmico. Quarentena, restrição, isolamento social em alguns lugares , em outros os distanciamento social, e tudo cheio de mensagens apocalípticas, de forma massiva, isso realmente turva a mente das pessoas. Tenho muita dificuldade para lidar com incertezas e o momento foi muito incerto e cheio de indagações. Não tenho do que reclamar no quesito saúde familiar e bem estar, salientando a epidemia, mas, a situação por si só, forçando o distanciamento e promovendo a dúvida em cada contato, só serviu para ativar o gatilho da resistência. Pessoas ansiosas sofrem com esse problema, tem tem...

Armadilha

    Sem querer me desvencilhar daquela cilada… fui assim rendida e em teus braços desarmada Num agito de corpos na semi  escuridão bocas e sussurros, e vorazes mãos desbravadoras, provocavam arrepios na pele...pura excitação. Sua boca avidamente procura pela  minha Extasia meu ser, eletrifica meu corpo o contato molhado e quente de  línguas Sem pudor entrego-me a ti, que ousado avança sobre meu corpo e fogosamente me enlaça… Atiço sua libido, desço até seu  membro teso provo de ti, de forma  despudorada e devassa.  Ergue-me assim, toma meu corpo pra  ti e, eu finjo ser, assim, sua caça.  Num frenesi que nos domina Possui-me com a loucura dos  amantes recebo a ti, em meu ninho úmido e  quente Corpos ardentes, como em brasa Desejo incontido que nos arrasa Ali, tens me como presa, numa  tomada. Para mim, uma excitante captura onde o desejo em nós extravasa

Dúvidas

          Anoiteceu, e eu aqui na soleira pensando em ti,olhar ao léu dúvidas tantas me perturbam Por que me deixaste assim? Foram noites cheias de excitação Dias e dias,  nós dois, subjugados pelo poder avassalador da paixão em abraços, amassos e orgasmos Agora, eu aqui sozinha na solidão Partiste, sem nenhuma palavra Deixando aqui um tristonho coração Fiquei atônita sem saber a causa Procurei motivos,mas tudo em vão O silêncio foi uma adaga afiada a estraçalhar este ingênuo coração Onde andas tu, ó viajante encantador? Que um dia por essas paragens trouxeste em sua bagagem a alegria e o gosto bom do amor.  

A birra de Tavinho

Tavinho era um menino birrento. No auge dos seus cinco anos e meio, não deixava barato e quando queria alguma coisa, fazia manha, bico, jogava objetos no ar ou no chão, era comum , a mãe de Tavinho, Vanda, pegar objetos jogados a torto e a direito. Um dia, quando fez birra porque sua mães não lhe deu leite com chocolate, pois era quase hora do almoço, Tavinho pegou a caneca e tascou na direção da irmãzinha que estava no caldeirão, esperando a papinha. Por pouco não a feriu, sorte foi que a mira do guri estava descalibrada. Quando queria algo e não tinha como obter, ele se jogava no chão, chorava, berrava e Vanda se descabelava para apaziguar os ânimos do menino. Arrastava o filho pela mão e tentava com sua paciência de Jó, fazer o garoto entender o por quê do não; quase sempre fracassava. Um certo dia ,Vanda teve que ir levar umas roupas para lavanderia, eram cobertores e cortinas, e pôs tudo no carro. Ajeitou a cadeirinha da caçula, e o banco com assento levantado de Tavinho. Tudo pro...

ZooM

      ZooM   Era um telespectador passivo    Assistia de tudo    O conteúdo nem sempre entendia    Apenas, absorvia    De repente, uma cena chamou sua atenção   Estancou diante da tela    Clicou, clicou,clicou...    Paralisado,hipnotizado   Adentrou aquele mundo    Nem percebeu...   A imagem o engolia  

Sonho meu

  Era um sonho antigo. que sonhei contigo. Numa noite chuvosa. Amor a toda prova. Tinhas um sorriso farto. Coração em sobressalto. Sem uma palavra sequer Me fez sua mulher! Eras do amor, mensageiro, Tal qual um cancioneiro. Ardente e carinhoso, Provocando-me o gozo, O sonho amanheceu… Na cama, somente eu. Envolta nos lençóis Fico a lembrar de nós.