Ó ilusão poética que me
alucina
Um querer e não ter, olhar e
não ver
Entoado num verso de amor que
vicia
Assim preenche de cor o meu
viver
Cântico de estima logo ao
amanhecer
Reveste-se de todos os
reflexos meus
D’um sorriso fácil até o verbo
anoitecer
Tomando para si dilemas que
não são teus
Desvio-me dos seus enlevos,
por capricho
Há em mim um quê, uma certa
inquietação
Sinais de um coração hesitante
e esquivo
Lanças ao vento um verso em
busca da rima
Eu faço dela uma narrativa,
flagrante da ilusão
Ser a rima preferida, a qual
teu verso se destina
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