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Amor fantasioso, por mim romanceado Adornou as manhãs e tardes de um verão Alterou os acordes daquela velha canção Transformando o recato em sugestivo pecado Como a chuva que fertiliza a terra árida O amor me envolveu, com o atrevimento seu outrora tão distante e fria alma, agora tão ávida conto as horas para ficar nos braços teus Numa rima festiva onde o coração extasia Faço eu, cismas com metáforas em poesia Suplício do amor que em mim radicaliza Na camuflagem de um desejo que vicia Vida num mosaico de euforia e boemia Comungamos a rima que a poesia eterniza

Vinte e três de Agosto de dois mil e dezenove. Sexta-feira fria aqui e cinzenta, clima invernal, típico desta cidade com aspectos naturais ressaltados em seu brasão, hino e imagem turística. Semana mais calma, depois de um início de mês tumultuado e cheio de aflição. Falo de assuntos familiares e não politico/sociais, pois nesta seara continua o mesmo "balaio de gatos" com tantas declarações e citações do governo que constrangem até a Vênus de Milo. Voltando ao assunto pessoal, tive uma perda neste mês que foi dolorosa e causou impacto na vida familiar. Depois de anos acamada e sofrendo os reveses de um AVC, minha mãe chegou ao fim de sua vida de modo traumático e de agonia. Não, não foi um passamento leve e suave, como aqueles em que muitos sonham, dormir e não mais acordar, no caso dela houve sofrimento físico constante nos 8 dias de internação, devido a erros, desacordos e trocas infrutíferas de medicamentos para que aliviassem sua dor e agonia. Culpo alguém, sim, ...

Vida altaneira Alegria da hora primeira Brisa ligeira Que acaricia a manhã alvissareira Faz em mim, em todos ao redor Um acorde harmônico de sons e cor De uma rima cancioneira Desde sua concepção festeira Até a hora derradeira!

A vida tão desejada, cantada e festejada, se faz poética como um raiar do dia, quando nos enveredamos no querer que nosso coração anseia. A vida seja ela animada ou entristecida, se faz rica e prolixa quer seja no silenciar da desilusão, no entoar de uma oração, no cantar de um doce canção ou naquele mantra de gratidão. A vida é passageira, fazemos dela aqui com efeito, uma rica obra do Criador, com nossos desejos, anseios e fantasias damos a ela novas tons e cores. No apagar das luzes, o tom, escuro e soturno...o silenciar de tudo...é apenas uma transposição de mundos, até que tudo novamente seja luz. Na fantasia, na poesia, na alegria, na melancolia, na ousadia, na noite em sua magia, no despertar do dia, tudo enfim, cria espectros de uma alegoria que vivemos em cada instante desde que a Vida se inicia.

Era uma relação muito estranha também  inusitada Veja bem,  ela que já era quase uma cinquentenária Vivendo de mensagens como uma jovem desantenada Parece algo de outro mundo! Tudo muito maluco... E se isto vazar e se alguém seu celular clonar? Será mesmo o fim da picada ! Nesta troca de figurinhas Ela fica meio desconcertada vai saber se do outro lado da telinha Se este " camarada" quer algo de bom ou sincero ou só está a fim de fazer piada!

Serve o prato do dia Serve a saudosa poesia Serve o olhar esperançoso Serve o cálice de vinho de amargo gosto Serve esta falta de conexão Serve outra diferente opinião Serve o barulho da carro na avenida Serve também aquela vizinha que grita Serve o café  frio Serve aquele quarto vazio Serve as ondas que o mar agita Serve o homem indecoroso que a mim cobiça Só não serve em mim este silêncio sem cabimento Não me serve esta lacuna sem preenchimento Não me serve a vida sem ti neste momento

É um tesouro que, de Deus, nós recebemos A vida que ora vivenciamos Bem ou mal, vamos  nos adequando Aqui e ali, tudo, como o tempo, vai se ajustando Por vezes ficamos desorientados E vem os fracassos... ficamos frustrados Sentimos o desconforto e agonia Porém, se serenarmos a mente e o coração, compreenderemos melhor a situação Um bem maior é o nosso viver Por isso, vale a pena a gente a este movimento de energia se entregar e se envolver Marquemos nossa vivência com valores íntegros e verdadeiros Somos seres humanos,  falhos e passageiros.

Esse meu coração alado Vive me deixando em maus bocados Vivo eu, sonhando acordada Querendo ser, pelo eleito, amada! Coração alado! Coração desajuizado! Me fez cair em pecado E sofro eu, por te me apaixonado Coração alado! Coração avoado! Sou eu refém, deste teu modo de amar tão dedicado aficionado atrevido e abusado. Tem dó de mim, ó coração alado!

Não seja tão competitivo e queira ser exclusivo Seja mais participativo Seja gentil Seja bom Seja o ser que espalha o bem querer Seja aquele que sabe viver

Diga me de uma vez Por que és tão cismado? Será que ainda não crês que és por mim amado?