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Dos apelos e atropelos




Tenho pra mim que a escrita, no meu caso, sinto e percebo mais a forma poética, atende a um apelo, a um desejo latente de expor e nomear emoções e sensações. Desta forma atendo aos apelos da alma e ansiedade do coração extravasando nas palavras as indagações e revertendo a mim, como um exercício reflexivo. Nem tudo é minha vivência pessoal, nem é tudo minha realidade, mas tudo certamente, parte de um conteúdo, intrínseco e latente, e também muito abrangente.

Tenho meus arroubos poéticos, tenho minhas fases de reticências, e também vivencio as minhas alegrias e carências no escrito alheio.

Atendendo a um apelo, escrevo e leio, e me encontro nas cismas, rodeios e impressões de muitos, que como todos mortais, vivem também seus atropelos existenciais. Sem mais, nem menos, tudo que é inspiração, favorece os nossos anseios, mesmo que desconheçamos o fato, assim o é, assim se faz.

As sensações e emoções bem vindas ou escondidas são manifestas e ganham vida na escrita,nem tudo é bem entendido, cada um absorve o que deseja de acordo com seu sentir e sua visão de mundo, o que importa de fato é o sentido que damos ao escrito,e  tudo o mais, é apenas vestigios de impressões alheias e fragmentadas de um todo, nada mais.

No apelo das letras  nos desvencilhamos de muitos  entraves e barreiras, superando nossas expectativas, esta é a missão da escrita, segundo minha visão. Viva a inspiração!
 

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